quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Grande Transição da Terra – o sentido de urgência

obra aborda as mudanças e os impactos que nosso planeta experimenta em níveis cada vez maiores decorrentes da ação negligente do ser humano. A partir de amplo levantamento sobre os estudos realizados por organismos internacionais e pesquisadores de renome, o autor demonstra que a situação delicada que vivemos é real e pode se agravar perigosamente.
Em vários aspectos o jornalista espírita André Trigueiro já trouxe ao movimento espírita alguns desses dados.
Ao longo do livro, o leitor espírita e espiritualista percebe que todas as pessoas estão envolvidas e, de alguma forma responsáveis. Em consequência, todos devem e podem trabalhar para melhorar essa situação. Pensar e agir positivamente fundamentado em verdadeiros valores morais, certamente fará um contraponto imprescindível ao sistema perverso que atualmente domina social, econômico e culturalmente.
Suas informações valem pelo grande potencial de fazer o leitor se voltar para essa realidade. O dia-a-dia nos torna distantes, embora informados, mas fechados em nosso mundo particular.
Considerei excessivas e até desnecessárias as citações de mensagens de espíritos sobre a mudança e a transformação do planeta para um nível evolutivo superior, de regeneração. Para mim questionáveis, mas isso será tratado em outro artigo.
Pela importância dos acontecimentos em curso, o livro merece não apenas ser lido, mas discutido e aprofundado. Eu já estou preparando uma palestra e seminário para tratar desses temas. Como diz o livro, se faz necessário o sentido de urgência!

A Grande Transição da Terra – o sentido de urgência. Denis Moreira. Lúmen Editorial. 2012.

O autor é advogado paraense e atualmente é o coordenador do Grupo de Integração da atuação judicial na defesa do meio ambiente e da regularização fundiária na Amazônia Legal.

Não conheço a autor e estou divulgando por considerar relevantes as informações.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Caridade Está Mudando

Novas formas de fazer a caridade com competência e bons resultados


A forma de exercer a caridade entre os espíritas é algo positivo que pode melhorar ainda mais. Muito espírita ainda pensa que deve fazer tudo escondido. Assim, deixa pela manhã no orfanato, 20 quilos de farinha de trigo. Certamente essa pessoa está com a consciência tranquila, satisfeita por ter feito uma boa ação. O orfanato, no entanto, estava precisando de sal, óleo e margarina e tinha tanta farinha que elas se estragaram, criaram bicho. Podemos até pensar que o problema é do orfanato que deve gerenciar a falta ou excesso de alimentos trocando, por exemplo, com outra instituição. Um pouco cômodo da nossa parte. Toda a responsabilidade para os outros e nenhuma para nós. Ora, a caridade pressupõe o uso inteligente dos recursos para atender a todos com eficácia, sem desperdício, inclusive do tempo dos voluntários, que quantas vezes é consumido em ações menos expressivas, deixando de lado tarefas mais produtivas e prioritárias.

Devemos fazer o bem no nível em que estamos capacitados a fazer

É comum o voluntário passar um dia inteiro em uma instituição sem ter feito quase nada produtivo e com qualidade. Esta última, coitada, é costumeiramente deixada de lado, pois tanto o voluntário como a instituição tendem a pensar equivocadamente, que nada se pode exigir de uma doação (cavalo dado não se olha os dentes).

É, muita coisa precisa mudar e felizmente já está mudando para melhor. No princípio pode ser apenas mais um modismo, pois a partir dos anos 90 ficou chique ser voluntário. Nas rodas sociais acabam tendo destaque positivo quem faz algum trabalho voluntário. Para conseguir um bom emprego, muitas vezes é fator relevante.

É o começo. Não podemos esperar que todos iniciem um novo trabalho com um claro entendimento dos problemas sociais, do senso de responsabilidade com a própria sociedade do ponto de vista econômico, social, moral e espiritual. Isso nós alcançamos gradativamente e o espiritismo também tem muito a contribuir, mas não só ele.

Passamos da fase de fazer qualquer bem. Devemos fazer o bem no nível em que estamos capacitados a fazer, sem desprezar nenhuma oportunidade. É preciso ter comprometimento, técnicas, métodos, estratégias, metas, indicadores, avaliações e redefinições. Sobretudo, é necessário buscar sempre os melhores resultados.
No tempo de Kardec, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, incentivava apenas a caridade individual que deveria ser feita de forma mais velada possível. Apenas quando o espiritismo penetrou no Brasil é que a forma de fazer a caridade encontrou a sinergia do trabalho em grupo, que oferece mais recursos e gera mais estímulos para a motivação das pessoas em favor do próximo.

O foco excessivamente religioso tende a abafar o raciocínio e a análise, gerando paradigmas quase intransponíveis. Quantas vezes escutamos líderes espíritas dizendo que o “importante é fazer o bem”. Com isso quer justificar que fazer o bem está na frente de qualquer outra coisa, como o estudo da doutrina, por exemplo. Que o bem deve ser feito de qualquer jeito, pois o que vale é a intenção. Um tanto pior são alguns líderes confusos por seus próprios sofismas, que não aceitam introduzir na instituição espírita nenhuma técnica de administração, planejamento, marketing, qualidade, pois entendem que elas podem deturpar o espiritismo. Falácia. Todas as técnicas, métodos, doutrinas podem ser bem ou mal empregadas. Até na bíblia encontramos passagens mostrando um Deus sanguinário, vingativo que só pode ser agradado com obediência cega, sacrifícios de animais, sangue e até oferecimento de bebidas alcoólicas. É preciso discernimento.

Precisamos continuar a usar também o conhecimento espírita como fundamento de nossas ações, mas sem desprezar tantos outros conhecimentos e experiências que podem contribuir aos nossos propósitos de progredir e fazer progredir com o mínimo de sofrimento e a máxima participação na construção de uma vida melhor para todos. Fora da educação não há caridade eficaz.

Texto retirado do livro Comunicação & Discernimento, editora EME.


sábado, 29 de agosto de 2015

Pesquisa para o público do Centro Espírita

Um grupo de espíritas da capital de São Paulo realizou uma interessante pesquisa para o público que frequenta 26 casas espíritas da região. Publico para incentivar outros grupos a usarem a pesquisa como instrumento de apoio à gestão da casa espírita.
Seguem os resultados:

























quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Pesquisa para Espíritas [1/5]

Pesquisa para Espíritas - Resumo
Lançada em 25 de junho de 2015 e encerrada em 31 de julho de 2015.


Modelo do formulário utilizado
Esta pesquisa objetiva ajudar nos trabalhos de divulgação interna do espiritismo. Ela é importante para identificar e direcionar ações de comunicação para o público espírita. Este questionário não possui respostas certas e erradas, a função dele é retratar os diferentes entendimentos. Os resultados serão disponibilizados no blog: http://franzolim.blogspot.com.br/ e em outros sites espíritas.
Duração da pesquisa: 15 minutos. Encerramento da pesquisa: 31 de julho de 2015.

*Obrigatório

Dados de qualificação
1. Sexo *
Masculino, Feminino.
2. Qual a sua idade? *
3. Quantos anos você é espírita? *
4. Seu endereço de e-mail
- anote apenas se quiser receber os resultados desta pesquisa por e-mail
5. Formação escolar: *
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Pós, especialização, mestrado ou doutorado
6. Cidade onde mora *
7. Estado onde mora. *

Questões da pesquisa
8. Você é frequentador de um Centro Espirita? *
Sim, Não.
9. Você trabalha em um Centro Espirita? *
- ajuda em alguma atividade regular ou esporádica
 Sim, Não.
10. Quantos anos você trabalha em Centro Espírita?
11. Qual sua atividade no Centro Espírita?
Palestrante ou Instrutor de cursos
Dirigente com cargo definido
Recepção ou Atendimento Fraterno
Médium de Passes, Psicografia ou Psicofonia
Biblioteca ou Livraria
Lanchonete ou Cozinha
Apoio em atividades de comunicação
Apoio em atividades administrativas
Apoio em atividades sociais
Outra:
12. Gostaria de mudar de atividade?
Sim, Não, Não sei.
13. Desenvolve atividades espíritas fora do Centro: *
Individualmente
Junto à instituição social espírita
Junto à entidade federativa
Junto à entidade espírita especializada
Não desenvolvo
Desenvolvo em mais de um item.
14. Fez algum curso completo de Espiritismo?       
Sim, Não.
15. Pretende fazer um novo curso/estudo?
Sim, Não.
16. Sobre o Estudo do Evangelho no Lar, faz regularmente?
Sim, Não.
17. Sobre o Estudo do Evangelho no Lar, pretende fazer?
Sim, Não.
18. Indique sua religião ou doutrina anterior: *
Adventista
Batista
Católica
Espírita
Evangélica
Messiânica
Metodista
Mórmons
Presbiteriana
Sem religião
Umbanda
Outra
19. Indique a religião ou doutrina preponderante em sua família: *
Adventista
Batista
Católica
Espírita
Evangélica
Messiânica
Metodista
Mórmons
Presbiteriana
Sem religião
Umbanda
Outra
20. Você considera que a aceitação das ideias espíritas na sociedade está: *
Estagnada ou diminuindo
Estagnada ou evoluindo vagarosamente
Evoluindo razoavelmente
Evoluindo aceleradamente
21. Na sua percepção, quanto a maioria dos espíritas conhece o Espiritismo: *
Apenas os princípios morais ou evangélicos
Conhecimento básico
Conhecimento mediano
Conhecimento avançado
22. Você concorda com todas as explicações espíritas? *
Sim, todas, Não concordo com algumas, Não concordo com várias.
23. Você acha que no futuro poderá vir a mudar de religião/doutrina? *
Não, Pode ser, Não sei.
24. O que você acha da atuação da FEB - Federação Espírita Brasileira?
- considere as possibilidades de atuação e o que realmente faz.
Ótima, Boa, Razoável, Ruim.
25. O que você acha da atuação da Entidade Federativa do seu Estado?
- considere as possibilidades de atuação e o que realmente faz.
Ótima, Boa, Razoável, Ruim.
26. O que você acha da atuação do Centro Espírita que participa?
- considere seu potencial, as atividades desenvolvidas e a forma de realização.
Ótima, Boa, Razoável, Ruim.
27. Como você entende o espiritismo? *
Como ciência
Como filosofia e religião
Como ciência, filosofia e religião
Como ciência e filosofia com consequências morais
Como filosofia com consequências morais
Outro:
28. Conhece a tese de Roustaing sobre o corpo fluídico de Jesus? *
Sim, Não.
29. Acredita serem corretos os relatos de André Luiz sobre as colônias espirituais, como o Nosso Lar? *
Sim, Não, Não sei.
30. O que você acha da afirmação: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho? *
Concordo totalmente, Concordo parcialmente, Nem concordo, nem discordo, Discordo.
31. Acha que existe uma grande probabilidade de o Chico Xavier ter sido Allan Kardec? *
Sim, Não, Não sei.
32. Entende que na lei de causa e efeito todos irão passar pelo sofrimento que impuseram a outros? *
Sim, Não, Não sei.
33. Jesus teve uma evolução reta, sem grandes erros?       
Sim, Não, Não sei.
34. Jesus foi médium de um espírito mais elevado ou de Deus?      
Sim, Não, Não sei.
35.Jesus foi o "Espírito de Verdade" que auxiliou Kardec?  
Sim, Não, Não sei.
36. Assinale duas atividades de maior importância nos Centros: *
Tratamento espiritual
Divulgação do Espiritismo
Passes
Atendimento fraterno
Assistência/Promoção social
Estudo
Desenvolvimento mediúnico
Outro:
37. Assinale três principais aspectos que fundamentam e diferenciam a Doutrina Espirita: *
lei de causa e efeito
reencarnação
Jesus é o guia e modelo da humanidade
lei de evolução
sobrevivência após a morte
conceito sobre Deus
comunicação com os espíritos
livre arbítrio
prática da caridade
conhecimento evangélico
Outro:
38. Marque os livros de Kardec que você já leu integralmente: *
O Livro dos Espíritos
O Céu e o Inferno
O Espiritismo em sua expressão mais simples
A Gênese
O Evangelho Segundo o Espiritismo
O que é o Espiritismo
Viagem Espírita de 1862
Revista Espírita (12 volumes)
Obras Póstumas
O Livro dos Médiuns
39. Assina alguma revista ou jornal?          
Sim, Não.
40. Acompanha algum portal, site, blog ou rede social?      
Sim, Não.

Outras matérias relacionadas neste blog:
Pesquisa para Espíritas [1/5]
Como foi fazer a Pesquisa para Espíritas [2/5]
Resultados da Pesquisa para Espíritas de 2015 [3/5]
Grupos identificados na Pesquisa para Espíritas [4/5]

Tabulação dos dados da Pesquisa Espírita 2015 [5/5]

Como foi fazer a Pesquisa para Espíritas [2/5]

Início e desenvolvimento
Há tempos eu alimentava a intenção de fazer uma pesquisa para espíritas com cobertura nacional.
Tive oportunidade de aplicar algumas pesquisas em instituições espíritas para análise do público, das reuniões públicas e de clima para planejamento estratégico. Os resultados sempre foram muito úteis para as decisões de gestão.

Levando em conta esses resultados idealizei a Pesquisa para Espíritas solicitando ajuda para seis espíritas experientes na doutrina e no movimento que passaram suas sugestões e preocupações que ajudaram muito na formatação final.


Sobre a pesquisa
Inicialmente ficou demasiadamente longa em razão do desejo de perguntar sobre muitos temas. Após os cortes, a pesquisa ficou com 40 questões, ainda assim longa, embora demandasse 15 minutos para preenchê-la.
Aprendi a usar os modelos de formulários eletrônicos da Internet e com o suporte de um amigo construí a pesquisa especificamente para ser preenchida  em celulares, tablets e computadores. Com essa decisão deixei de lado parte do público que não tem familiaridade com essa tecnologia.

O esforço de divulgação
O trabalho de divulgar a pesquisa e convidar as pessoas para responderem e enviarem para os espíritas de sua relação foi baseado no envio de e-mail para 2500 endereços Centros Espíritas de todo o Brasil, mais 1500 e-mails para espíritas, com maior concentração no estado de São Paulo.
Publiquei convites para responder a pesquisa no Facebook e em dez grupos espíritas que somados atingiriam algo em torno de 16 mil pessoas.
Todo esse esforço para alcançar cerca de 20 mil pessoas e obter pouco mais de 5% de adesões.
Logo de início reparei que não havia registros dos estados de Roraima, Maranhão, Tocantins e Amapá. Por meio da rede social busquei cerca 50 pessoas e grupos nesses estados. Enviei e-mails e mensagens solicitando ajuda, inclusive para as federativas, mas essa ação não resultou em nenhuma adesão.

Amostra obtida
As respostas válidas da pesquisa totalizaram 1204 na data do seu encerramento em 31/07/2015 originárias de 23 estados e 232 cidades. A distribuição pelos estados está proporcional à quantidade de espíritas de cada estado, com exceção dos estados de Amapá, Roraima, Tocantins e Maranhão que não teve adesões.
O método de amostragem é considerado não-probabilístico e por conveniência, pois foram considerados somente os espíritas que decidiram participar espontaneamente da pesquisa. Embora a amostra seja representativa quantitativamente e pelos estados e cidades abrangidas, devemos ter cautela para inferir sobre a população de espíritas no Brasil. A rigor, essa inferência somente seria aceita em uma pesquisa probabilística, o que demandaria muitos recursos financeiros e humanos. Talvez por isso que não tenha sido realizada até agora.

Os resultados inéditos no país são válidos e podem ser utilizados para auxiliarem as ações comunicativas internas e a gestão das instituições. Tecnicamente devem ser considerados como um ensaio, um pré-teste para uma pesquisa profissional que poderia ser empreendida com o apoio de uma instituição especializada e da Mocidade Espírita para a sua aplicação.

Outras matérias relacionadas neste blog:
Pesquisa para Espíritas [1/5]
Como foi fazer a Pesquisa para Espíritas [2/5]
Resultados da Pesquisa para Espíritas de 2015 [3/5]
Grupos identificados na Pesquisa para Espíritas [4/5]
Tabulação dos dados da Pesquisa Espírita 2015 [5/5]