Sinopse
Resumo dos resultados da sétima edição da Pesquisa Nacional para Espíritas – PNP 2021, publicada no início de fevereiro e encerrada no final de março. Elaborada com 52 questões, divididas em cinco sessões e distribuída por link do formulário eletrônico do Google, em postagens no Facebook e WhatsApp. Recebeu 3.525 respostas de 27 estados e 529 cidades do Brasil. No final desta página você poderá fazer o download do relatório completo.
Perfil do espírita
Segundo os dados da PNP nesta edição, o espírita brasileiro pode ser descrito como do gênero feminino (66,4%), 52 anos, com curso superior ou acima (80%), ganha 4 salários mínimos ou acima (48,4%), aposentado (26,1%) ou servidor público (18,5%), religião da família era católica (71,7%), possui filhos (72,7%), se considera espírita há 15 anos ou mais (64,8%), voluntário (72,7%) do Centro Espírita há mais de dez anos (58%) e vai ao Centro Espírita de automóvel próprio, carona ou moto (71,3%).
Sobre questões sociais
Para 67%, os Centros Espíritas deveriam estar mais engajados
nas questões sociais relacionadas aos direitos humanos.
Quase metade (49,1%), entende que descriminalizar o uso de
drogas poderia aumentar o número de dependentes químicos e delitos.
O fato de milhões de animais serem mortos diariamente para
alimentar as pessoas, causa algum incômodo moral para 78,6% dos respondentes.
Acreditam que a compra e uso de armas deveria ter mais
restrições (84,9%).
Consideram que a homofobia deveria ser criminalizada (68,8%)
e pensam que a corrupção faz parte da cultura dos brasileiros e será difícil
mudar (67,7%).
São de opinião que a pena de morte não seria uma solução
para a redução de crimes violentos (89,2%), que a eutanásia não seria
aconselhável para casos de doenças incuráveis ou terminais (77,2%) e não
consideram uma boa decisão, a Argentina ter legalizado o aborto até a 14
semanas de gestação (76,7%).
Impactos da pandemia na vida dos espíritas
Para 51,6%, a pandemia pode ter afetado negativamente o seu
estado emocional.
Quase 87% dos respondentes assistiram “lives” em 2020. A
maioria até 20 “lives” em um ano (35,8%).
Ouvir audiolivros em 2020 foi experiência de 31,5%.
Costumam acompanhar publicações espíritas nas redes sociais 94,9%,
costumam publicar nas redes sociais 57,2% e 81,3% não têm receio de publicar e
receber críticas.
Para a maioria (63,5%), a pandemia não afetou sua doação em dinheiro
ao Centro Espírita.
Durante o tempo que ficou afastado do Centro Espírita,
sentiu mais falta do próprio trabalho voluntário (37,2%) e do contato com as
pessoas (30,1%).
Durante a pandemia, o Centro Espírita que participa realizou
“lives” com palestras ou entrevistas (21,8%), vídeos de palestras (17,3%) e
cursos (16,8%).
Após a pandemia, 88,2% acreditam que as casas espíritas
deveriam manter algumas atividades virtuais.
Após a pandemia, o número de frequentadores e trabalhadores
das casas espíritas tenderá a aumentar para 61,2% e também a prática da
caridade (70,9%).
Acreditam que as pessoas que desrespeitaram as recomendações
para proteção contra o coronavírus, colocando em risco a vida de outros, foram
motivadas pela descrença sobre os riscos do coronavírus (38,1%) e preocupação
apenas com seus desejos e interesses (18,8%).
Forma de entender o espiritismo
Para 96,9%, Jesus não é Deus, mas um dos seus Espíritos
Superiores ou Puros.
Responderam que a pessoa que orar com fé e tiver mérito conseguirá
ajuda espiritual para afastar algum mal (79,9%).
Consideram correto o entendimento que segundo a Justiça
Divina, todos os erros cometidos deverão ser pagos nesta ou em outra encarnação
para 64,9%.
O espiritismo não é uma revelação no sentido teológico para 47,6%
e o livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” não é um tratado sobre teologia
espírita para 60,9%.
A expressão “Evangelização Espírita” deveria ser substituída
por “Educação Espírita“ para 55,6%.
O espiritismo é religião apenas no sentido filosófico para 43,3%
e não salva as almas ou espíritos para 74,7%.
Quase 1/3 entendem que os "espíritas laicos" não seguem a Jesus para 31,8%.
Muitos (71,1%) concordaram que a admiração de muitos espíritas e até instituições, a alguns médiuns e Espíritos, possa estar mais próxima de uma devoção e idolatria.
Confiança doutrinária
Índice resultado da PNP 2021 sobre o grau de confiança
doutrinária atribuído para:
- Livros doutrinários de autores espíritas (93,1%).
- Livros doutrinários de médiuns espíritas (88,8%).
- Livros doutrinários da FEB, exceto de Kardec (84,1%).
- Textos de espíritas famosos nas redes sociais (72,9%).
- Romances espíritas (68,2%).
Recentes descobertas históricas
Sobre a possível adulteração da quarta edição de O Céu e o
Inferno, 48,7% alegam não ter informações, 32,8% aguardam mais informações e
análises, 3,1% são indiferentes, 13,4% estão tendentes pela hipótese de que
ocorreram adulterações e 2,1% pela hipótese de que não ocorreram adulterações.
Sobre a possível alteração de textos de livros do Espírito
Emmanuel editados pela FEB, 46,8% alegam não ter como avaliar essas informações,
34,6% aguardam mais informações e análises, 3,6% são indiferentes, 10,3% tendem
pela hipótese de que ocorreram alterações e 4,7% tendem pela hipótese de que
não ocorreram alterações.
O total de 67,1% dos inqueridos já ouviu falar que a moral espírita é autônoma, ao contrário da moral das religiões tradicionais que é heterônoma e, 81,1% dos respondentes expressaram sua intenção de fazer um curso à distância sobre o assunto.
Indicadores preocupantes
Aguardam ações do movimento espírita para correção de rumos.
É pequena, mínima e nenhuma, a participação atual dos jovens
nas atividades do Centro Espírita que frequenta para 54,2% dos participantes da
PNP 2021.
O espírita possui idade média de 52 anos e os novos
iniciantes entram na Doutrina após a idade adulta (30 anos ou mais).
É baixa a participação de frequentadores e trabalhadores do
gênero masculino (33,5%).
A participação feminina só e menor que a dos homens nos
cargos de diretoria, conselheiro e vice-presidente (46,2%).
Embora exista a prática dos Centros Espíritas darem passes a
todos os participantes das reuniões públicas, apenas 6,8% responderam sentir sua falta
durante a pandemia.
Quase metade (42,3%) dos filhos dos
espíritas não frequentam o Centro Espírita.
Espíritas frequentadores e trabalhadores que não doam
dinheiro para o Centro Espírita são: 20,3%.
A religião da família dos respondentes era católica para 71,7%
e Espírita para apenas: 12,8%.
O exercício da mediunidade foi considerado como atividade
principal para 30,8% dos respondentes, maior que outras atividades importantes
como Instrutor, coordenador, monitor de cursos obteve 11,2%. Isso sem contar
àqueles que não consideraram a mediunidade como atividade principal, mas
secundária.
Os espíritas parecem optar por soluções impostas para resolver
problemas sociais, como na criminalização da homofobia que teve 64,9% de
concordância.
Mais da metade (52,9%) não concordam que o espiritismo seja religião apenas no
sentido filosófico.
Parte dos espíritas parecem não compreender conceitos básicos e
64,9% consideram que todos os erros cometidos deverão ser pagos nesta ou em
outra encarnação.
Uma parcela significativa dos espíritas que responderam a PNP 2021, acredita que pode influenciar a vida das pessoas: o destino marcado por
Deus para a pessoa (47,8%), a posição dos astros no momento de nascimento
(35,5%), os trabalhos feitos nas religiões afro-brasileiras (29,1%) e a numerologia
do nome (18,9%).
CLIQUE AQUI para fazer o download do relatório completo da PNP 2021.