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domingo, 24 de março de 2019

Reencarnação nos universos paralelos?!


A "teoria dos universos paralelos" ou "multiverso" foi criada a partir das ideias contidas na “Teoria da Relatividade” de Einstein. Vários cientistas trabalharam em seu desenvolvimento, o físico Stephen Hawking trabalhou os últimos 20 anos de sua vida nessa teoria  e apresentou um trabalho sobre ela pouco antes de falecer, endossando sua existência.

O conceito de multiverso tem diferentes entendimentos, mas todos eles encontram oposição no mundo científico e aguardam comprovação. Enquanto isso, podemos fazer um exercício de juntar esse conceito com a reencarnação. Vamos fazer um exercício em duas variantes.

A primeira entende que outros universos existiriam em outras dimensões espaço-tempo com possibilidade de vida igual a da Terra. Uma possível viagem do homem para outro universo se daria através de “buracos negros” ou “buracos de minhoca”, permitindo percorrer distâncias imensas mais rapidamente, afetando a linha do tempo como a conhecemos. O mesmo período de tempo passado na viagem ou mesmo em um universo  paralelo teria um tempo menor do que o vivido na Terra.

O espírito poderia encarnar em outros mundos com a vantagem de poder fazer isso numa relação de tempo diferente. Uma encarnação que duraria 70 anos na Terra, poderia levar (na nossa concepção de tempo) apenas sete anos, por exemplo.

A segunda variante levanta a tese da existência de universos paralelos com possibilidade de viverem simultaneamente os mesmos seres humanos da Terra experimentando a vida a partir de outras decisões do seu livre arbítrio. Isso baseado em nova interpretação do “colapso da função de onda” desenvolvida pelo físico Hugh Everett na década de 1950 e extrapolando para vidas humanas, embora contestado por muitos cientistas.
Extrapolando para o espiritismo, o espírito poderia encarnar simultaneamente (pelo nosso referencial de tempo) em vários universos e testar em cada um deles diferentes decisões do seu livre arbítrio. Sendo possível seria um imenso aprendizado!

Essas novas possibilidades de encarnar dariam oportunidades mais igualitárias a todos os espíritos, o que hoje parecem não existir. Temos quase oito bilhões de habitantes e, segundo Emmanuel no livro Roteiro de 1952, pelo menos “mais de 20 bilhões de almas conscientes desencarnadas”, mantendo-se sem crescimento a mesma quantidade dessa década que representava 8 desencarnados para cada espírito encarnado.

Cálculos aproximados das populações ao longo da história pelo Population Reference Bureau, chegaram a 107 bilhões de pessoas que já viveram na Terra desde 8.000 a.C. Dividindo esse número pelo total de espíritos estimados 28 bilhões (8 bilhões de encarnados + 20 bilhões de desencarnados), chegamos a uma média de 3,8 encarnações para cada espírito! Muito pouco! Insuficiente para justificar nossa evolução!

Para comparar podemos estimar quantas encarnações um espírito poderia ter nos últimos 10 mil anos. No início as encarnações duravam 30 anos, expectativa de vida que foi se ampliando gradativamente. Considerando em média uma encarnação para cada 100 anos, incluindo o tempo na Erraticidade, nesse período, um espírito que tivesse sempre a possibilidade de encarnar poderia ter tido 100 vidas na Terra.

Encarnar em outros planetas implicaria em mudança do fluido cósmico que afetaria a constituição do perispírito, o que, em tese, não aconteceria no multiverso, pois, haveria outras Terras com as mesmas características deste fluido.

Outro ponto a considerar são os relacionamentos. Afinal encarnamos também para melhorar nossas relações pessoais e compromissos morais. Aconteceria da mesma forma que na Terra, quando é feita uma seleção de alguns espíritos para encarnação conjunta, de um conjunto muito maior chamado de “família espiritual”, que poderia ceder mais espíritos para encarnação em outros mundos.


Confirmadas ou não essas teses, o fato é que conhecemos tão pouco do nosso universo e mesmo esse pouco parece ter infinitas possibilidades!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A finalidade das encarnações


A evolução do espírito ocorre em todos os sentidos, sintetizados como:
conhecimento e moralidade ou sabedoria e sentimento.

Os espíritos existem em diferentes classes e níveis evolutivos. Conforme ressalta o espírito André Luiz, eles vivem em cidades espirituais, cada uma abrigando espíritos de uma mesma faixa evolutiva.
Este artigo se baseia nas características e condições de espíritos comuns propensos ao bem, que cometem erros e algumas maldades.
O espírito se desenvolve tanto no seu mundo espiritual, chamado em O Livro dos Espíritos por erraticidade, como no mundo material por meio das encarnações, denominado pelo mesmo livro como transitório.
"Nos intervalos das encarnações, aprendereis numa hora o que na Terra vos exigiria anos de aprendizado." Kardec, pergunta 898 de O Livro dos Espíritos
Considerando os relatos trazidos pela mediunidade de que existe uma quantidade de espíritos quatro a cinco vezes superiores à população de encarnados, podemos concluir que o espaço de tempo que os espíritos permanecem no mundo espiritual deve ser, em média, maior que a duração das suas encarnações, isto é, eles ficam mais tempo na dimensão espiritual.
O espírito encarnado sofre o condicionamento do corpo físico que, de modo geral, reduz seus sentidos, sua capacidade intelectual e deve também influenciar no modo de sentir e lidar com suas emoções. Essa influência pode ser maior ainda, atingindo até aspectos do comportamento, personalidade, tendências e vocações.
Imagine um espírito que progrediu musicalmente acima da média. Ele estará tão envolvido e sensível à música que dificilmente conseguirá se dedicar ao desenvolvimento de outras artes e saberes, a não ser que essa memória seja de alguma maneira atenuada ou bloqueada na encarnação, ajudando-o a penetrar em outros campos de aprendizado.
O espírito desencarnado, por sua vez, excetuando uma condição de enfermidade e desequilíbrio, faz melhor uso de sua capacidade sensitiva e intelectual, pois está no seu ambiente natural e sem o corpo físico. Relatos da espiritualidade a partir do espírito de André Luiz, pelo médium Francisco Cândido Xavier, dão conta de que os espíritos comuns, que residem na colônia Nosso Lar, adquirem ou descobrem possuir aptidões como: memória de outras vidas, levitação, telepatia, autotransporte, capacidade de mudar a aparência do perispírito, capacidade objetiva de curar encarnados e desencarnados, além das percepções sensoriais mais desenvolvidas ou apuradas.
Podemos supor que a partir de um nível evolutivo não muito distante, sua vida se desenvolva em um tempo muito mais acelerado que o dos encarnados, podendo raciocinar e agir mais rapidamente e, consequentemente, aproveitar melhor o tempo e as experiências.
Uma pessoa que se destaque pelo seu saber aqui na Terra estaria, na verdade, expondo apenas uma parte de sua verdadeira capacidade intelectual que teria condições mais favoráveis para se expressar na dimensão espiritual. Uma analogia possível seria a de um engenheiro do século 21 retornar a viver no século anterior esquecendo tudo o que aprendeu. Ele poderia fazer progressos, mas teria mais condições de progredir no seu próprio tempo com os conhecimentos mais avançados de sua área.
Assim sendo, tudo leva a crer que o mundo natural dos espíritos proporcione melhor condição de aprendizado intelectual, estando o espírito na sua melhor capacidade sensitiva e cognitiva.
O desenvolvimento dos sentimentos, porém, pode ter melhores resultados na vida física por vários motivos. Pela facilidade de se relacionar com pessoas de diferentes níveis de evolução, que no mundo espiritual estariam em locais ou planos diferentes. Pelo esquecimento de tudo com o que foi afetado pelos outros e ainda por não conseguir reconhecer claramente os verdadeiros sentimentos dos outros e vice-versa.
Por um lado, não sofrendo as interferências como no corpo físico, com hormônio, glândula, sistema nervoso, genes e fluido vital, o espírito pode permanecer mais pleno ante suas emoções. Por outro lado, desencarnado, irá conviver com a realidade de não poder esconder seus sentimentos, o que poderá gerar dificuldades para ele ante possíveis desafetos.
Nesse sentido, as encarnações proporcionariam tanto o contato com essa diversidade em situações e contextos mais promissores, como o esquecimento temporário dos sentimentos com relação a cada pessoa, o que certamente favorece a revivência desses relacionamentos com a oportunidade de transformá-los para melhor.
Assim, levando em conta esse raciocínio, a finalidade principal das encarnações seria o desenvolvimento dos sentimentos e o aprimoramento das emoções que constituem reações emotivas derivadas da maneira de sentir de cada pessoa e que configuram os reflexos psíquicos condicionados que temos de refinar. A melhoria do relacionamento com os espíritos que não desenvolvemos afinidade e, os ajustes de relacionamento com aqueles que sofreram atrito parecem ser outro objetivo relevante das encarnações.
A parte intelectual naturalmente também progride no ambiente terrestre, principalmente pelo esforço mental para criar e produzir utilizando-se instrumentos materiais limitados, mas deve progredir menos que na espiritualidade. Há muitas indicações de que ela deve estar totalmente ligada aos sentimentos e que não irradiamos um único pensamento sem que esteja revestido de algum sentimento. Essa ligação faz com que o homem esteja sempre buscando as razões para justificar o seu modo de sentir.
Podemos concluir que os avanços tecnológicos e científicos aqui na matéria seriam provavelmente consequências de pesquisas e descobertas feitas originalmente no mundo espiritual. Contudo, os avanços no campo do sentimento são conquistas que o espírito acumula mais no mundo material, até um nível de evolução, do que no mundo espiritual. Assim, devemos dar mais importância às coisas que geralmente são deixadas em um segundo plano, como o relacionamento com as pessoas e com toda a natureza, bem como a qualidade dos sentimentos para com elas e consigo mesmo.