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"Jesus no Coração" ou Consciência nas Leis Divinas?Uma Reflexão
Espírita
Por
que tanto se repete, entre os espíritas, que “precisamos de mais Jesus em
nossas vidas”? “precisamos amar Jesus”?
Qual
o real sentido dessa afirmação e por que ela pode, em certos casos, destoar da
proposta espírita?
Vivemos
em um contexto religioso ainda fortemente marcado por séculos de cristianismo
dogmático, em que a figura de Jesus foi elevada à condição de divindade. Muitos
espíritas, mesmo sem perceber, reproduzem fórmulas emocionais como “ter Jesus
no coração”, “sentir Jesus mais perto” ou “viver carência de Jesus”, sem
considerar o que essas expressões significam à luz da doutrina codificada por
Allan Kardec.
Jesus: o Modelo, não o Criador
No
Espiritismo, Jesus é um Espírito Puro — o mais elevado na escala didática
construída por Kardec. Ele é nosso guia moral, não um deus a ser adorado. Sua
missão foi vivenciar as Leis Divinas com perfeição, para servir-nos de exemplo.
Não exige adoração, rituais ou exaltações.
Assim,
frases como “ter Jesus no coração” devem ser compreendidas simbolicamente. O
que nos falta, na verdade, não é Jesus em si, mas consciência moral que se
desenvolve de dentro para fora. O Espiritismo não se fundamenta em emoções
vagas, mas no conhecimento racional das Leis de Deus e na reforma íntima
construída com esforço contínuo.
A Moral de Jesus é Universal — mas não exclusiva
O
Espiritismo é uma filosofia espiritual de base científica, que reconhece em
Jesus expoente exemplar da moral divina, sem exclusividade histórica ou
cultural. Grandes mestres como Buda, Lao-Tsé, Ramakrishna, Zoroastro, Sócrates e
muitos outros também ensinaram sobre as leis de amor, justiça e caridade.
Portanto,
dizer que “a solução para a humanidade é ter mais Jesus” pode ser
bem-intencionado, mas carrega o risco de limitar o pensamento espírita a uma
emoção descontextualizada e a uma visão religiosa tradicional, pouco conectada
ao tripé ciência-filosofia-moral.
Jesus não precisa ser defendido nem bajulado
Outra
preocupação comum entre alguns espíritas é que, ao não mencionar Jesus com
frequência, poderíamos estar “diminuindo” sua importância.
Mas
pensemos: um Espírito Puro se ofenderia por não ser citado?
É
razoável imaginar que Jesus precise de defensores, títulos ou reverências para
manter sua autoridade moral?
Na
verdade, quanto mais evoluído é o Espírito, mais compreende a ignorância alheia
e menos exige reconhecimento. A verdadeira fidelidade a Jesus está em viver os
seus ensinamentos, não em repetir o seu nome como um mantra.
A Ética Espírita: raciocínio a serviço da moral
O
Espiritismo propõe a elevação moral por meio da razão. Isso significa que
devemos:
Estudar
as Leis Divinas,
Buscar
as causas que justificam o bem,
Trabalhar
a consciência,
Exercitar
o pensar e o agir baseado no bem,
Transformar
o mal (ignorância, imaturidade) por escolha lúcida e não por medo ou emoção
religiosa.
Jesus
reforçou essa moral. Não foi o primeiro nem será o último a fazê-lo, mas seu
exemplo nos toca profundamente. E é isso que devemos preservar — não como
culto, mas como inspiração consciente.
Assim:
menos sentimentalismo e mais coerência doutrinária.
Você
não precisa amar Jesus, mas respeitar, admirar, seguir seus ensinamentos e
refletir sobre as razões profundas de cada atitude moral.
Substituir
o entendimento racional das Leis por fórmulas sentimentais pode agradar aos
ouvidos, mas esvazia a proposta espírita de transformação consciente.
Ter
Jesus no coração, sim — mas como consciência clara do bem, e não como figura
mística que preenche um vazio emocional.
Você
também observa essa tendência no movimento espírita? Como acredita que podemos
estimular uma vivência mais racional e fiel aos princípios da doutrina? Deixe
seu comentário. Vamos refletir juntos!


