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sábado, 17 de maio de 2025

"Ter Jesus no Coração"

 

Criada pelo ChatGPT 2025

"Jesus no Coração" ou Consciência nas Leis Divinas?
Uma Reflexão Espírita

Por que tanto se repete, entre os espíritas, que “precisamos de mais Jesus em nossas vidas”? “precisamos amar Jesus”?

Qual o real sentido dessa afirmação e por que ela pode, em certos casos, destoar da proposta espírita?

Vivemos em um contexto religioso ainda fortemente marcado por séculos de cristianismo dogmático, em que a figura de Jesus foi elevada à condição de divindade. Muitos espíritas, mesmo sem perceber, reproduzem fórmulas emocionais como “ter Jesus no coração”, “sentir Jesus mais perto” ou “viver carência de Jesus”, sem considerar o que essas expressões significam à luz da doutrina codificada por Allan Kardec.

 

Jesus: o Modelo, não o Criador

No Espiritismo, Jesus é um Espírito Puro — o mais elevado na escala didática construída por Kardec. Ele é nosso guia moral, não um deus a ser adorado. Sua missão foi vivenciar as Leis Divinas com perfeição, para servir-nos de exemplo. Não exige adoração, rituais ou exaltações.

Assim, frases como “ter Jesus no coração” devem ser compreendidas simbolicamente. O que nos falta, na verdade, não é Jesus em si, mas consciência moral que se desenvolve de dentro para fora. O Espiritismo não se fundamenta em emoções vagas, mas no conhecimento racional das Leis de Deus e na reforma íntima construída com esforço contínuo.

 

A Moral de Jesus é Universal — mas não exclusiva

O Espiritismo é uma filosofia espiritual de base científica, que reconhece em Jesus expoente exemplar da moral divina, sem exclusividade histórica ou cultural. Grandes mestres como Buda, Lao-Tsé, Ramakrishna, Zoroastro, Sócrates e muitos outros também ensinaram sobre as leis de amor, justiça e caridade.

Portanto, dizer que “a solução para a humanidade é ter mais Jesus” pode ser bem-intencionado, mas carrega o risco de limitar o pensamento espírita a uma emoção descontextualizada e a uma visão religiosa tradicional, pouco conectada ao tripé ciência-filosofia-moral.

 

Jesus não precisa ser defendido nem bajulado

Outra preocupação comum entre alguns espíritas é que, ao não mencionar Jesus com frequência, poderíamos estar “diminuindo” sua importância.

Mas pensemos: um Espírito Puro se ofenderia por não ser citado?

É razoável imaginar que Jesus precise de defensores, títulos ou reverências para manter sua autoridade moral?

Na verdade, quanto mais evoluído é o Espírito, mais compreende a ignorância alheia e menos exige reconhecimento. A verdadeira fidelidade a Jesus está em viver os seus ensinamentos, não em repetir o seu nome como um mantra.

 

A Ética Espírita: raciocínio a serviço da moral

O Espiritismo propõe a elevação moral por meio da razão. Isso significa que devemos:

Estudar as Leis Divinas,

Buscar as causas que justificam o bem,

Trabalhar a consciência,

Exercitar o pensar e o agir baseado no bem,

Transformar o mal (ignorância, imaturidade) por escolha lúcida e não por medo ou emoção religiosa.

Jesus reforçou essa moral. Não foi o primeiro nem será o último a fazê-lo, mas seu exemplo nos toca profundamente. E é isso que devemos preservar — não como culto, mas como inspiração consciente.

Assim: menos sentimentalismo e mais coerência doutrinária.

Você não precisa amar Jesus, mas respeitar, admirar, seguir seus ensinamentos e refletir sobre as razões profundas de cada atitude moral.

Substituir o entendimento racional das Leis por fórmulas sentimentais pode agradar aos ouvidos, mas esvazia a proposta espírita de transformação consciente.

Ter Jesus no coração, sim — mas como consciência clara do bem, e não como figura mística que preenche um vazio emocional.

Você também observa essa tendência no movimento espírita? Como acredita que podemos estimular uma vivência mais racional e fiel aos princípios da doutrina? Deixe seu comentário. Vamos refletir juntos!

terça-feira, 20 de junho de 2017

Momento de Dúvidas

Quando surgem incertezas elas exigem reflexão
para o restabelecimento da harmonia mental

Momento de Reflexão
Foto de: www.chronicle.com/article/Beyond-Critical-Thinking/63288
Estive lendo alguns livros e vendo documentários sobre vários assuntos, particularmente a respeito do cosmos, da história, da ciência e sobre alguns dos quase 200 países que desconhecemos por completo ou temos uma rápida e muito superficial visão.

Os documentários sobre nações destacam os pontos positivos e os problemas de cada nação. Problemas graves que estão sendo atenuados por diversas frentes de voluntariado, ligadas a várias religiões e também independentes. Trabalhos relevantes que podem servir de inspiração aos espíritas.

Sobre o Brasil, quantas regiões diferentes, culturas distintas, problemas gravíssimos que perduram há anos reclamando ações mais efetivas de voluntários e que os espíritas se esforçam em algumas poucas áreas. No ranking internacional de 2016, o Brasil alcançou a modesta posição de 83° lugar entre os países em que os cidadãos são mais generosos com os mais necessitados. Dado que parece distar do país designado para ser a “pátria do evangelho”.

Com relação ao espaço universal, o conhecimento existente, ainda escasso, mostram números verdadeiramente astronômicos. Estima-se que o universo observável por nossos equipamentos, deve ter mais de 200 bilhões de galáxias, cada uma com mais de 100 bilhões de estrelas.

A ciência, costumeiramente criticada pela religião, avança no conhecimento esbarrando na fronteira entre o real e o fantasioso: big bang, curvatura do tempo, teoria das cordas, multiverso, matéria escura, buraco negro, antimatéria, dualidade onda-corpúsculo.

Isso sem falar nos avanços científicos impondo mudanças no nosso cotidiano que nem prestamos mais atenção: tecnologia dos chips, das comunicações, a genética interferindo na eliminação ou atenuação das doenças, no retardamento do envelhecimento, e na agricultura.

Essas informações fazem-me fazem sentir como um minúsculo grão de areia, munido da certeza que temos uma imensidão de oportunidades para o aprimoramento dos nossos conhecimentos em todos os sentidos, inclusive o espírita.

E a história? Persisti em nos alertar sobre o erro que a civilização sempre incorreu e ainda não aprendeu: sentir-se o maior, o melhor, o único verdadeiro em todas as áreas, no poder, na política, no conhecimento, na religião, etc.

O espiritismo compreende a divindade como um único Deus, realmente como o próprio nome denuncia: todo-poderoso, inteligência, sabedoria e generosidade totais. Não parece coerente com esses atributos, um Deus que restrinja a um povo, uma região, uma época, uma religião, uma pessoa, o privilégio do acesso às leis morais melhor elaboradas.

A partir de uma visão de marketing, podemos enxergar o mundo como um grande mercado que apresenta bens e serviços para todo o tipo de público. É verdade que temos produtos ruins, mas também possuímos aqueles de ótima qualidade. Vejamos, por exemplo, as geladeiras. Existem várias marcas, variando no design, cores e algumas funcionalidades, resolvendo nossa necessidade de conservar e gelar alimentos e bebidas.

Por que nos acostumamos a pensar que as verdades morais mais completas se encontram apenas no espiritismo? Precisamos nos envolver em uma onda de humildade e questionar algumas colocações espíritas que soam aos ouvidos leigos como arrogantes. Não só pela preocupação com a imagem externa da doutrina, mas pela perturbação que esses pensamentos podem ocasionar em nosso modo de pensar e agir.

Pensamentos como: somos a terceira revelação, o consolador prometido, continuador do verdadeiro cristianismo, a chave para revelar o conhecimento de Jesus, a verdadeira doutrina de Jesus. São expressões oriundas das melhores intenções, mas também ufanistas independentemente da suposta autoridade de quem as manifeste. Não é por essas afirmações que a Doutrina Espírita deve ocupar um lugar de respeito na sociedade, mas pela consistência de seus ensinamentos e das consequências morais advindas.

Neste momento de dúvidas dou razão a Sócrates apresentado por Platão quando salientou que “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância” ou “Só sei que nada sei”. Lembro também de alguns pensamentos de outro filósofo bem mais recente, Bertrand Russell: “Não tenhas certeza absoluta de nada”. “O problema do mundo é que tolos estão sempre cheios de certezas, enquanto os sábios estão sempre cheios de dúvidas”.

A Doutrina Espírita sendo recente, com menos de 200 anos, teve o mérito de reunir e dar sentido a muitos conhecimentos que já existiam no mundo, distribuído por filosofias, ciências, religiões. Desenvolveu alguns, estabeleceu conexões com outros, demonstrou consequências.

Podemos chamar genericamente esses conhecimentos como “verdades”. Assim, é possível afirmar que o espiritismo contém muitas, mas não tem todas as “verdades”. Além disso, o fato de considerarmos que temos um acervo maior de “verdades” que outras doutrinas, não nos isenta de convivermos com erros, omissões e interpretações equivocadas.

O espiritismo é uma doutrina racional de questionamento, baseada na lei de evolução. Não foi apresentada completa, acabada, mas com uma estrutura forte o suficiente para permitir o seu desenvolvimento.

Por isso, talvez seja melhor tratarmos as controvérsias surgidas na apreciação do conhecimento espírita, como hipóteses que carecem de confirmação como verdadeiras, do que como infidelidade doutrinária. Aliás, essa expressão é própria de um conhecimento estático, que não evolui.

O espiritismo não é uma religião salvacionista, apesar de adotar como instrumento de comunicação a frase: “fora da caridade não há salvação”. Na doutrina espírita não existem listas do que você pode ou não fazer. Há orientações baseadas nas leis espirituais estudadas.

Diferentemente das outras religiões, nossa doutrina afirma que o mais importante são as ações em harmonia com as leis naturais, não a religião que cada um assume.

Isso significa que não devem ser considerados como errados, os grupos espíritas que prefiram vivenciar os ensinamentos pelo caminho da filosofia, da ciência, da religião, da pedagogia, da mediunidade, etc.

Essas diferenças de foco são benéficas, à medida que atingem pessoas, que não seriam afetadas por uma única maneira de enxergar a doutrina. Lembram das boas geladeiras?

Naturalmente precisamos nos esforçar para debater as diferenças de entendimento visando o aprofundamento e a consolidação gradual do conhecimento espírita.

Para isso será preciso uma postura mais crítica de todos os espíritas, fundamentada em pelo menos dois critérios básicos: a lógica e a fraternidade. Não basta ter opinião. É preciso ter ou buscar argumentos solidamente conectados com o conhecimento espírita. As opiniões que incorrem em mudar a forma como entendemos ser correta a doutrina, raramente possuem a humildade de se apresentar como uma proposição de trabalho convidando todos a esmiuçarem suas possibilidades.

As obras de Kardec são a base, e temos o desafio de imprimir amplo e profundo debate a todas as mudanças apresentadas por meio dos livros e da manifestação dos espíritas nas mídias sociais até sua concordância ou rejeição por linhas de raciocínio irrefutáveis logicamente e libertas de argumentos falaciosos. Não é fácil, mas é o único caminho.
Esses são apenas pensamentos em momento de dúvidas pedindo reflexão. E você caro leitor, quais são os seus?