terça-feira, 4 de agosto de 2015

Grupos identificados na Pesquisa para Espíritas [4/5]


Análise de Conglomerados (clusters)
Foi utilizada a ferramenta estatística Análise de Conglomerados (clusters) que identifica características semelhantes dos indivíduos da pesquisa, criando grupos cujos integrantes sejam tão semelhantes entre si quanto diferentes dos outros grupos quanto possível.
Foram feitos dois estudos. Inicialmente em uma primeira segmentação com 800 respostas e no encerramento da pesquisa com a segmentação final de 1204. Nesses estudos foi possível identificar 4 clusters (grupos) na primeira segmentação e 5 clusters distintos de espíritas na segunda e final segmentação.
Após a análise dos dados em 4 clusters, foi realizado um segundo experimento de segmentação considerando a existência de 5 clusters.
A tabela de correlação entre os grupos formados na primeira e segunda segmentação, apresentada na figura abaixo indica que os grupos B, C e D não apresentaram significativas mudanças podendo ser utilizados os mesmos parâmetros apresentados no primeiro experimento de segmentação.

Figura 1 - Tabela de correlação entre as segmentações em 4 e 5 clusters

Já o grupo A, embora mantendo forte correlação com o anterior, se segmentou em dois. Os dois segmentos surgidos do anterior indicam as seguintes características que os distinguem:

Grupo A
Tipicamente formado por homens maduros, leitores muito bons, que não atuam em mediúnica, não realizam o Evangelho no Lar, rebatem o movimento federativo, consideram que o Espiritismo não é religião, rejeitam a afirmação Brasil Coração do Mundo, têm restrições à obra de André Luiz e consideram que Chico Xavier não foi Kardec.  Para este grupo, as tarefas prioritárias da casa são: Estudo e Divulgação.  Princípios: Reencarnação, Mediunidade e Lei de Evolução. Jesus não evoluiu em linha reta e Lei de Causa e Efeito não é rígida.

Grupo E
Muito semelhantes ao grupo Dirigentes (Grupo B), mas apresentam uma absoluta oposição a um único ponto: Para este grupo, à semelhança do Grupo A, Espiritismo absolutamente não é religião. Os conceitos sobre Jesus são levemente menos cridos.

Grupos Identificados

Grupo A - Os Contestadores [7%]
Grupo B - Os Dirigentes [26%]
Grupo C - Os Convertidos [24%]
Grupo D - Os Frequentadores [33%]

Grupo E - Os Pensadores [17%]

Grupo A - Os Contestadores [7%]
86% Masculino
Os que menos frequentam (63%)
59% são palestrantes e 20% dirigentes
Apenas 8% em atividades mediúnicas e pouco nas demais
Apenas 17% faz Evangelho no Lar
Origem: 52% era católico e 22% sem religião
Acreditam que o Espiritismo avança lentamente
Consideram que os espíritas possuem conhecimento da doutrina só moral e básico
54% de concordância com princípios
Críticos ácidos da FEB = Ruim a razoável. Nota 2,0
Críticos da Federativa = Ruim a razoável. Nota = 2,2
Críticos da Casa Espírita = Razoável a bom. Nota = 5,4
Forte: Ciência Filosofia e Moral (80%)
84% conhecem a tese de Roustaing
55% concordam com André Luiz
17% de concordância com a afirmação de Brasil, Pátria do Evangelho
Estudo e Divulgação são as atividades principais
Reencarnação (70), Evolução (54) e Comunicação(48) são os principais diferenciais
Apenas 7% considera que Chico é Kardec
15% entendem a Causa e Efeito como inflexível
Bons leitores. O Livro dos Espíritos (99) as demais próximas de 90
1/3 não leu Obras Póstumas e 61% não leu Viagem
20% creem na evolução reta de Jesus
38% entendem que Jesus foi médium de Deus
45% acham que Jesus foi o “Espírito de Verdade”


Grupo B - Os Dirigentes [26%]
58% Masculino e mais velhos
100% frequentam e trabalham na casa espírita
87% é palestrante. 59% dirigentes. Trabalhador antigo
62% em mediúnica. Atuam mais em todas áreas
90% fazem o Evangelho no Lar.
Origem: 41% eram católicos e 47% espíritas
Espiritismo avança razoavelmente
Conhecimento básico dos espíritas
86% de concordância com a doutrina
Nota para FEB: 5,7. Razoável, quase bom
Federativas = levemente piores que a FEB. Nota: 5,3
Casa Espírita = Bom. Nota = 6,5
Ciência, Filosofia e Religião (89%)
2/3 conhece a tese de Roustaing
95% de concordância com os relatos de André Luiz
77% de concordância com a Brasil, Pátria do Evangelho
Estudo e Divulgação, mas Atendimento Fraterno (30%)
Reencarnação (75), Causa Efeito (44) e Comunicação (38) são diferenciais
Para 34% Chico é Kardec
52% Lei de Causa e Efeito rígida
Leram: OLE, OLM e ESE (>90%) . O que é Espiritismo, O Céu e o Inferno e Gênese (80%)
1/3 não leu Obras Póstumas e 3/4 não leu Viagem Espírita em 1862
45% creem na evolução reta de Jesus
53% veem Jesus médium de Deus
65% acham que Jesus foi o “Espírito de Verdade”

Grupo C - Os Convertidos [24%]
65% Feminino
95% frequentam e 87% atuam a casa espírita
59% na mediúnica. 31% palestra. Trabalhador 8 anos
Estão nas atividades sociais (25%) e recepção (21%)
74% faz Evangelho no Lar
Origem: 80% eram católicos e 8% espíritas
Espiritismo avança razoavelmente
Conhecimento básico dos espíritas sobre a doutrina
80% de concordância com a doutrina
Nota para FEB: 6,0. Razoável, quase bom
Federativas = levemente piores que a FEB. Nota: 5,6
Casa Espírita = Bom. Nota = 7,0
Ciência, Filosofia e Religião (86%)
29% conhecem a tese de Roustaing
95% de concordância com André Luiz
75% de concordância com a Pátria do Evangelho
Estudo (56%) e Atendimento Fraterno (40%) são as atividades principais
Reencarnação (63), Causa Efeito (55) e Caridade (42) são os principais diferenciais
Para 52% Chico é Kardec
73% Lei de Causa e Efeito rígida
Leram: OLE, OLM e ESE (>90%). O que é Espiritismo, O Céu e o Inferno e Gênese (60%)
72% não leram Obras Póstumas e 97% não leu Viagem Espírita em 1862
70% creem na evolução reta de Jesus
57% veem Jesus médium de Deus
67% acham que Jesus foi o “Espírito de Verdade”

Grupo D - Os Frequentadores [33%]
66% são do sexo feminino e mais jovens
90% frequenta a casa espírita. 57% trabalhador
Não são palestrantes, muito menos dirigentes
Atuam pouco e nas áreas mediúnica (22) e social (21)
55% fazem Evangelho no Lar e 55% também estudam
Origem: 60% eram católicos e 27% espíritas
Espiritismo avança razoavelmente
Conhecimento básico dos espíritas sobre a doutrina
80% de concordância com a doutrina
Nota para FEB: 6,3. Bom
Federativas = levemente piores que a FEB. Nota: 5,9
Casa Espírita = Bom. Nota = 7,3
Ciência, Filosofia e Religião (72%)
14% conhecem a tese de Roustaing
93% de concordância com os relatos de André Luiz
64% de concordância com a afirmação de Brasil, Pátria do Evangelho
Estudo (61%) e Atendimento Fraterno (41%) atividades principais
Reencarnação (71), Causa Efeito (58) e Evolução (38) são diferenciais
Para 42% Chico é Kardec
79% Acreditam na Lei de Causa e Efeito rígida
Leram: ESE (80%), OLE, OCI e A Gênese (60%), demais obras com pouca expressão
62% creem na evolução reta de Jesus
51% veem Jesus médium de Deus
64% veem Jesus como “Espírito de Verdade”

Grupo E - Os Pensadores [17%]
Muito semelhantes aos Dirigentes, mas Espiritismo não é religião. Os conceitos sobre Jesus são menos cridos.
70% Masculino
Os que menos frequentam (86%)
74% palestrante. 30% dirigente
Apenas 36% em mediúnicas
Apenas 52% fazem Evangelho no Lar
Origem: 43% eram católicos e 36% espíritas
Espiritismo está entre estagnado a lento
Conhecimento só moral a básico dos espíritas sobre a doutrina
69% de concordância com princípios
Críticos ácidos da FEB = Razoável. Nota 3,5
Críticos Federativa = Razoável. Nota = 3,5
Casa Espírita = Quase bom. Nota = 5,7
Forte: Ciência Filosofia e Moral (94%)
82% conhecem a tese do corpo fluídico de Roustaing
70% concordam com os relatos de colônias espirituais de André Luiz
43% de concordância com a afirmação de Brasil, Pátria do Evangelho
Estudo e Divulgação e 16% Atendimento Fraterno
Reencarnação (75), Evolução (53) e Comunicação (43) são diferenciais
Apenas 17% Chico é Kardec
25% acredita na Lei de Causa e Efeito rígida
Excelentes leitores. Leram quase tudo de Kardec!
1/3 não leu Obras Póstumas e 2/3 não leu Viagem Espírita em 1862
24% creem na evolução reta de Jesus
37% veem Jesus médium de Deus

52% consideram Jesus como o “Espírito de Verdade”

Pesquisa para Espíritas
Lançada em 25 de junho de 2015 e encerrada em 31 de julho de 2015.
Elaborada com 40 questões, sendo sete questões de qualificação.
Utilizado o formulário eletrônico do Google para montar a pesquisa e distribuir por meio de dois mil e-mails, solicitações de retransmissão a formadores de opinião e postagens em grupos sociais.
A população alvo foram os espíritas estimados em 2% da população brasileira.
A amostra obtida foram 1204 respostas válidas provenientes de 23 estados brasileiros, com maior concentração em SP e ausência do Amapá, Maranhão, Tocantins e Roraima.

Esta análise foi colaboração de Jorge Elarrat de Porto Velho, Rondônia, engenheiro eletrônico com mestrado em Administração e Analista de Pesquisas do IBGE.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Controle geral das encarnações

O planejamento das encarnações não pode obedecer apenas a critérios locais, sob pena de prejudicar resultados esperados ou possíveis de outros grupos, áreas e regiões.
Esta análise é desenvolvida a partir da premissa de que existem diferentes colônias espirituais, conforme relatos do espírito de André Luiz na série iniciada com o livro Nosso Lar.
Tomamos conhecimento que muitas colônias espirituais possuem uma equipe ou área organizada para cuidar das encarnações dos espíritos que a habitam, levando em conta as necessidades de aprendizado e resgate dos envolvidos, os créditos espirituais do reencarnante e de seus intercessores, bem como os ascendentes biológicos acentuando ou minimizando os efeitos da hereditariedade
As encarnações dos espíritos mais lúcidos são preparadas para obterem os melhores resultados para o reencarnante, os espíritos a ele vinculados e, em alguns casos, para a sociedade e para o mundo.
Podemos chamar esses cuidados de “planejamento encarnatório” cujo objetivo é otimizar as oportunidades de aprendizado e crescimento espiritual. Seguindo o mesmo raciocínio deverá existir também uma área central que cuida do planejamento evolutivo do planeta.
Essa área deve ter ascendência sobre as áreas de planejamento encarnatório das colônias. Isso porque a encarnação de um indivíduo poderá afetar a vida e o planejamento encarnatório de diversos outros e até do planeta inteiro.
Quantos cientistas deverão encarnar nesse momento? Quantos espíritos moralmente mais adiantados e também os atrasados deverão encarnar e em que setores e regiões geográficas? Quantos espíritos viciados na maldade e na violência? Que tipo de espíritos serão escolhidos para herdarem as maiores fortunas e impérios da Terra?
Essa linha de raciocínio nos permite acreditar que exista uma equipe de espíritos encarregada do Controle Geral das Encarnações, com a obrigação de harmonizar o planejamento evolutivo do planeta com o planejamento das diversas colônias espirituais. Nada mais lógico embora de altíssima complexidade.
O problema é que essa enorme responsabilidade parece não ter sido citada nos compêndios doutrinários. Qual a razão desse esquecimento? Isso faz algum sentido para você leitor? Gostaria de contribuir?

A finalidade das encarnações


A evolução do espírito ocorre em todos os sentidos, sintetizados como:
conhecimento e moralidade ou sabedoria e sentimento.

Os espíritos existem em diferentes classes e níveis evolutivos. Conforme ressalta o espírito André Luiz, eles vivem em cidades espirituais, cada uma abrigando espíritos de uma mesma faixa evolutiva.
Este artigo se baseia nas características e condições de espíritos comuns propensos ao bem, que cometem erros e algumas maldades.
O espírito se desenvolve tanto no seu mundo espiritual, chamado em O Livro dos Espíritos por erraticidade, como no mundo material por meio das encarnações, denominado pelo mesmo livro como transitório.
"Nos intervalos das encarnações, aprendereis numa hora o que na Terra vos exigiria anos de aprendizado." Kardec, pergunta 898 de O Livro dos Espíritos
Considerando os relatos trazidos pela mediunidade de que existe uma quantidade de espíritos quatro a cinco vezes superiores à população de encarnados, podemos concluir que o espaço de tempo que os espíritos permanecem no mundo espiritual deve ser, em média, maior que a duração das suas encarnações, isto é, eles ficam mais tempo na dimensão espiritual.
O espírito encarnado sofre o condicionamento do corpo físico que, de modo geral, reduz seus sentidos, sua capacidade intelectual e deve também influenciar no modo de sentir e lidar com suas emoções. Essa influência pode ser maior ainda, atingindo até aspectos do comportamento, personalidade, tendências e vocações.
Imagine um espírito que progrediu musicalmente acima da média. Ele estará tão envolvido e sensível à música que dificilmente conseguirá se dedicar ao desenvolvimento de outras artes e saberes, a não ser que essa memória seja de alguma maneira atenuada ou bloqueada na encarnação, ajudando-o a penetrar em outros campos de aprendizado.
O espírito desencarnado, por sua vez, excetuando uma condição de enfermidade e desequilíbrio, faz melhor uso de sua capacidade sensitiva e intelectual, pois está no seu ambiente natural e sem o corpo físico. Relatos da espiritualidade a partir do espírito de André Luiz, pelo médium Francisco Cândido Xavier, dão conta de que os espíritos comuns, que residem na colônia Nosso Lar, adquirem ou descobrem possuir aptidões como: memória de outras vidas, levitação, telepatia, autotransporte, capacidade de mudar a aparência do perispírito, capacidade objetiva de curar encarnados e desencarnados, além das percepções sensoriais mais desenvolvidas ou apuradas.
Podemos supor que a partir de um nível evolutivo não muito distante, sua vida se desenvolva em um tempo muito mais acelerado que o dos encarnados, podendo raciocinar e agir mais rapidamente e, consequentemente, aproveitar melhor o tempo e as experiências.
Uma pessoa que se destaque pelo seu saber aqui na Terra estaria, na verdade, expondo apenas uma parte de sua verdadeira capacidade intelectual que teria condições mais favoráveis para se expressar na dimensão espiritual. Uma analogia possível seria a de um engenheiro do século 21 retornar a viver no século anterior esquecendo tudo o que aprendeu. Ele poderia fazer progressos, mas teria mais condições de progredir no seu próprio tempo com os conhecimentos mais avançados de sua área.
Assim sendo, tudo leva a crer que o mundo natural dos espíritos proporcione melhor condição de aprendizado intelectual, estando o espírito na sua melhor capacidade sensitiva e cognitiva.
O desenvolvimento dos sentimentos, porém, pode ter melhores resultados na vida física por vários motivos. Pela facilidade de se relacionar com pessoas de diferentes níveis de evolução, que no mundo espiritual estariam em locais ou planos diferentes. Pelo esquecimento de tudo com o que foi afetado pelos outros e ainda por não conseguir reconhecer claramente os verdadeiros sentimentos dos outros e vice-versa.
Por um lado, não sofrendo as interferências como no corpo físico, com hormônio, glândula, sistema nervoso, genes e fluido vital, o espírito pode permanecer mais pleno ante suas emoções. Por outro lado, desencarnado, irá conviver com a realidade de não poder esconder seus sentimentos, o que poderá gerar dificuldades para ele ante possíveis desafetos.
Nesse sentido, as encarnações proporcionariam tanto o contato com essa diversidade em situações e contextos mais promissores, como o esquecimento temporário dos sentimentos com relação a cada pessoa, o que certamente favorece a revivência desses relacionamentos com a oportunidade de transformá-los para melhor.
Assim, levando em conta esse raciocínio, a finalidade principal das encarnações seria o desenvolvimento dos sentimentos e o aprimoramento das emoções que constituem reações emotivas derivadas da maneira de sentir de cada pessoa e que configuram os reflexos psíquicos condicionados que temos de refinar. A melhoria do relacionamento com os espíritos que não desenvolvemos afinidade e, os ajustes de relacionamento com aqueles que sofreram atrito parecem ser outro objetivo relevante das encarnações.
A parte intelectual naturalmente também progride no ambiente terrestre, principalmente pelo esforço mental para criar e produzir utilizando-se instrumentos materiais limitados, mas deve progredir menos que na espiritualidade. Há muitas indicações de que ela deve estar totalmente ligada aos sentimentos e que não irradiamos um único pensamento sem que esteja revestido de algum sentimento. Essa ligação faz com que o homem esteja sempre buscando as razões para justificar o seu modo de sentir.
Podemos concluir que os avanços tecnológicos e científicos aqui na matéria seriam provavelmente consequências de pesquisas e descobertas feitas originalmente no mundo espiritual. Contudo, os avanços no campo do sentimento são conquistas que o espírito acumula mais no mundo material, até um nível de evolução, do que no mundo espiritual. Assim, devemos dar mais importância às coisas que geralmente são deixadas em um segundo plano, como o relacionamento com as pessoas e com toda a natureza, bem como a qualidade dos sentimentos para com elas e consigo mesmo.

sábado, 20 de junho de 2015

Médiuns de Efeitos Físicos têm tendência a terem morte violenta?

Em minha pesquisa sobre médiuns brasileiros já relacionei 92 que aturam em curas e materializações. Tenho registro que nove deles, ou dez por cento, tiveram mortes violentas. Contudo, esse número pode ser maior, uma vez que  não encontrei a causa da morte em boa parte dos médiuns. 
Pode ser então que os médiuns de efeitos físicos tenham uma predisposição cármica para esse tipo de morte. A pergunta que surge é: por quê? Teriam provas semelhantes? Causas parecidas com os mesmos efeitos? Uma interpretação mais simples diria que provavelmente em outra encarnação esses médiuns tenham negligenciado suas responsabilidades com a saúde e o bem estar de pessoas, solicitando nova oportunidade para ajudar o próximo. Talvez a sua negligência tenha abreviado a vida de algumas pessoas e a morte repentina e violenta seja a expiação necessária. Devem existir outros fatores de influência detectáveis apenas por espíritos capazes de uma análise mais profunda e particularizada. É melhor ficarmos apenas com os fatos.

Veja a relação dos médiuns que tiveram esse tipo de morte:
Médium Dr. Edson de Queiroz

Ana Rebello Prado (PA)
As reuniões de efeitos físicos ocorreram na cidade de Belém no estado do Pará. Os espíritos por meio de sua mediunidade produziram diversos fenômenos, como: tiptologia, escrita direta, voz direta, levitação, transporte de objetos, moldagem em parafina e materialização. Houve também a germinação de sementes de eucalipto, a psicografia cutânea no braço da médium, operação de um tumor na axila e a desmaterialização parcial de um braço. Faleceu em decorrência de um acidente doméstico com o fogão a álcool. Sofreu queimaduras graves e desencarnou em 23 de abril de 1923.
Carmine Mirabelli (SP)
Provavelmente o médium brasileiro de efeitos físicos que apresentou mais tipos diferentes de fenômenos. Possuía diferentes mediunidades como a psicografia em cerca de 30 línguas, xenoglossia, psicofonia (deixou cerca de 300 quadros), psicopictografia, levitação de seu próprio corpo e de objetos, transporte de seu próprio corpo e de objetos, tiptologia, execução de instrumentos musicais sem ter essa capacitação, bem como de cantor em transe cantando com voz de tenor, barítono e baixo. Em alguns transes mediúnicos Mirabelli apresentava rigidez cadavérica, em outras alterações, como temperatura de até 39 graus, pulsação entre 120 e 150. Faleceu vítima de acidente de trânsito, por atropelamento. Conduzido ao Hospital das Clínicas de São Paulo, veio a falecer sendo atestada a fratura do seu crânio como "causa-mortis".
Eduardo Ladeira Bandeira (SP)
Primo dos irmãos Benedito e Lúcio Cosme, todos médiuns de efeitos físicos. Falecido com cerca de 40 anos de idade, por acidente, enquanto consertava sua perua Kombi que usava para o serviço de carreto, um houve uma faísca que gerou um incêndio cujas queimaduras acabaram por vitimar o médium. Antes de morrer ele foi exposto a alta voltagem elétrica e ficou com a parte direita do corpo comprometida. Sua mediunidade parecia menos intensa que a do Benedito Cosme.
Edivaldo de Oliveira Silva (BA)
Odontólogo e professor da cidade de Vitória da Conquista (BA). Médium baiano que recebia o espírito do Dr. Fritz e morreu de acidente automobilístico. Era irmão do médium Oscar Wilde.
José Pedro de Freitas – Arigó (MG)
Médium de efeitos físicos voltado para curas e cirurgias físicas, embora também tivesse apresentado as mediunidades de vidência e clariaudiência. Recebeu o apelido de Arigó que significa trabalhador braçal, ingênuo, simplório. Estudou até a terceira série do atual Ensino Fundamental. Gostava de tocar violão e cantar. Nasceu em 18/10/1918 em Congonhas do Campo, MG e faleceu por acidente de carro em 1971.
Oscar Wilde (BA)
Médium baiano nascido em Vitória da Conquista, que começou a receber o espírito do Dr. Fritz em 1975 e morreu de acidente automobilístico. Era irmão do médium Edivaldo de Oliveira Silva.
Waldemar Golvin
Funcionário do almoxarifado da Base Aérea de Recife. A principal entidade que se manifesta por sua mediunidade é o Dr. Frederick Kempler, um médico alemão da 1ª Guerra Mundial que faleceu ao ser atingido por estilhaço de uma granada. Teve maior atuação na década de 1950. Golvin sofreu novo acidente automobilístico vindo também a falecer.
Edson Cavalcante Queiroz (PE)
(Recife, PE, 23/08/1950 –5 de outubro de 1991), foi um médico ginecologista e médium brasileiro. Médium de curas e como Arigó nada cobrava por sua dedicação. Veio a ter morte trágica - assassinado a facadas por seu caseiro.
Gilberto Ribeiro Arruda (RJ)
Mecânico de automóvel e médium de efeitos físicos do Lar de Frei Luiz do Rio de Janeiro. Os primeiros sinais de sua mediunidade ocorreram com 14 anos de idade. Por sua mediunidade se materializaram muitos espíritos, com destaque para o médico alemão Frederick Von Stein. Padre Zabeu se manifestou durante muitos anos mais por psicofonia do que por voz direta. Outras entidades com materialização registrada em ata: Frei Luiz, Dr. Kramer, Dr. Félix Kestern. Dr. Faunder (oftalmologista), Bezerra de Menezes. Existe menção do seu trabalho entre 1967 e 2015. Gilberto Arruda foi encontrado morto dia 19 de junho de 2015, com 73 anos no Lar de Frei Luiz. Estava amordaçado em uma cama localizada em uma das salas de tratamento, com sinais de espancamento.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Estudo das Parábolas de Jesus


Os evangelhos relatam 48 parábolas apresentadas por Jesus. Lucas mostra 34, Mateus 25, Marcos 7 e João apenas 2.



Uma parte importante dos ensinamentos de Jesus, foi constituída por parábolas que significa “comparação” ou ainda “colocar uma coisa de lado de outra”. Cerca de 30% das palavras dos evangelhos sinóticos são de alegorias, ditos parabólicos e parábolas. Embora não fosse novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente aos outros livros da bíblia.
Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.
Parábolas foram usadas por Jesus como uma forma mais eficaz de ensinar verdades desconhecidas por meio de verdades e fatos conhecidos.
Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus, gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir a obediência das leis mosaicas.
A correta interpretação das parábolas possibilita o fenômeno da sua aplicação universal em todos os tempos, adaptada às situações análogas.
Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido, a parábola possui a grande vantagem de não predispor os ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação.

Nenhuma parábola está presente nos quatro evangelhos, 5 aparecem em três, 11 em dois e 33 em apenas um evangelho.

A definição de parábola é "narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". De suas características, surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão. Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em II Samuel 12:1-14, conhecida como "o profeta Natan repreende a Davi".
De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser mais extensa e exigir maior coerência e plausibilidade entre seus elementos. Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma figurada (metáfora) ou uma seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras, outra no sentido. Alguns autores adotam também o termo símile que quer dizer comparação de coisas semelhantes. "Vós sois a luz do mundo" é uma metáfora; "como um cordeiro mudo diante daquele que o tosquia" é um símile. "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só, mas se morrer, produzirá muito fruto" [João 12:24] é uma alegoria.
Em comparação com as parábolas judaicas, as de Cristo possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais. É seu poder de invadir o tempo e as gerações, despertando o mesmo interesse (senão maior), permitindo sempre que os homens possam ampliar, a cada instante, o sentido dos ensinamentos que transmite. Por tudo isso, bom proveito! Escolha uma parábola para ler e boas reflexões.
No Novo Testamento, as cartas de Paulo não apresentam parábolas propriamente ditas, mas narrativas alegóricas ou enigmáticas, como o ladrão à noite e a mulher prestes a dar à luz (I Ts. 5:2), o grão de trigo (I Co. 15:37-38, 42-44); ilustrações agrícolas (I Co. 3:6; Gl. 5:22)', os crentes como membros do corpo de Cristo (I Co. 12:12; Rm. 12:4).
Apesar de o Antigo Testamento ser mais extenso que o Novo Testamento, ele possui apenas onze parábolas escritas em estilo mais simples e menos estruturado. Isso evidência uma característica e preferência didática nos discursos de Jesus.

Parábolas no Antigo Testamento:
1. Os moabitas e os israelitas. O narrador foi Balaão, no monte Fisga (Neemias 23:24).
2. As árvores que escolheram um rei. Foi contada por Jotão, no monte Gerizim (Juízes 9:7-15).
3. A ovelha e o pobre. Foi narrada pelo profeta Natã, em Jerusalém (II Samuel 12:1-5).
4. O conflito entre irmãos. Uma mulher de Tecoa contou-a em Jerusalém (II Samuel 14:9).
5. O prisioneiro que escapou. Apresentada por um jovem profeta, perto de Samaria (I Reis 20:25-49).
6. O espinheiro e o cedro. O rei Joás a contou, em Jerusalém (II Reis 14:9).
7. A videira que deu uvas bravas. Isaías contou essa parábola, em Jerusalém (Isaías 5:1-7).
8. As águias e a vinha (Ezequiel 17:3-10).
9. Os filhotes de leão (Ezequiel 19:2-9).
10. O caldeirão fervente (Ezequiel 24:3-5).
11.  Israel como  o vinha perto  da  água (Ezequiel 24:10-14).


As 48 parábolas de Jesus

Parábolas
Lucas
Mateus
Marcos
João
1
Vinho novo em odres novos
5:36-39
9:16-17
2:21-22

2
A casa sobre a rocha
6:47-49
7:24-27


3
A geração de hoje
  7:31-35
11:16-19


4
O semeador
  8:  4-  8
13:  3-  9
  4:  3-  9

5
O espírito impuro volta à casa
11:24-26
12:43-45


6
O ladrão
12:39-40
24:43-44


7
O criado fiel e prudente
12:41-48
24:45-51


8
Diante do juiz
12:58-59
  5:25-26


9
O grão de mostarda
13:18-19
13:31-32
  4:30-32

10
O fermento
13:20-21
13:33


11
Banquete para os pobres
14:15-24
22:  2-14


12
A ovelha desgarrada
15:  1-  7
18:12-14


13
Dez moedas ou Cem Dracmas (talentos)
19:11-27
25:14-30


14
Os maus vinhateiros
20:  9-18
21:33-46
12:  1-12

15
A figueira que secou
21:29-31
24:32-33
13:28-29

16
A semente que brota da terra


  4:26-29

17
O porteiro vigilante


13:33-37

18
O joio entre o trigo

13:24-30


19
O tesouro escondido

13:44


20
A pérola preciosa

13:45-46


21
A rede

13:47-50


22
Coisas novas e velhas

13:52-53


23
O devedor implacável

18:23-35


24
Os trabalhadores da vinha

20:  1-16


25
Os dois filhos

21:28-32


26
As dez virgens

25:  1-13


27
O juízo final

25:31-46


28
Os dois devedores
  7:41-43



29
O bom samaritano
10:29-37



30
O amigo que chega de viagem
11:  5-  8



31
O rico sem juízo
12:16-21



32
O retorno do senhor
12:35-28



33
A figueira estéril
13:  6-  9



34
A porta estreita
13:24-30



35
A escolha dos lugares
14:  8-11



36
A escolha dos convidados
14:12-14



37
A edificação da torre
14:28-30



38
que vai guerrear
14:31-33



39
A moeda perdida (dracma)
15:  8-10



40
O filho pródigo
15:11-32



41
O administrador infiel
16:  1-  8



42
O rico avarento e Lázaro
16:19-31



43
O dever dos criados
17:  7-10



44
A viúva e o  juiz
18:  1-  8



45
O fariseu e o publicano
18:  9-14



46
As dez minas
19:11-27



47
O bom pastor



10:  1-16
48
A videira e os ramos



15:  1- 10

TOTAIS
34
25
7
2


Existem alegorias (metáforas curtas) que podem ser confundidas com parábolas, como: Mateus 9:15-17.