sábado, 20 de junho de 2015

Médiuns de Efeitos Físicos têm tendência a terem morte violenta?

Em minha pesquisa sobre médiuns brasileiros já relacionei 92 que aturam em curas e materializações. Tenho registro que nove deles, ou dez por cento, tiveram mortes violentas. Contudo, esse número pode ser maior, uma vez que  não encontrei a causa da morte em boa parte dos médiuns. 
Pode ser então que os médiuns de efeitos físicos tenham uma predisposição cármica para esse tipo de morte. A pergunta que surge é: por quê? Teriam provas semelhantes? Causas parecidas com os mesmos efeitos? Uma interpretação mais simples diria que provavelmente em outra encarnação esses médiuns tenham negligenciado suas responsabilidades com a saúde e o bem estar de pessoas, solicitando nova oportunidade para ajudar o próximo. Talvez a sua negligência tenha abreviado a vida de algumas pessoas e a morte repentina e violenta seja a expiação necessária. Devem existir outros fatores de influência detectáveis apenas por espíritos capazes de uma análise mais profunda e particularizada. É melhor ficarmos apenas com os fatos.

Veja a relação dos médiuns que tiveram esse tipo de morte:
Médium Dr. Edson de Queiroz

Ana Rebello Prado (PA)
As reuniões de efeitos físicos ocorreram na cidade de Belém no estado do Pará. Os espíritos por meio de sua mediunidade produziram diversos fenômenos, como: tiptologia, escrita direta, voz direta, levitação, transporte de objetos, moldagem em parafina e materialização. Houve também a germinação de sementes de eucalipto, a psicografia cutânea no braço da médium, operação de um tumor na axila e a desmaterialização parcial de um braço. Faleceu em decorrência de um acidente doméstico com o fogão a álcool. Sofreu queimaduras graves e desencarnou em 23 de abril de 1923.
Carmine Mirabelli (SP)
Provavelmente o médium brasileiro de efeitos físicos que apresentou mais tipos diferentes de fenômenos. Possuía diferentes mediunidades como a psicografia em cerca de 30 línguas, xenoglossia, psicofonia (deixou cerca de 300 quadros), psicopictografia, levitação de seu próprio corpo e de objetos, transporte de seu próprio corpo e de objetos, tiptologia, execução de instrumentos musicais sem ter essa capacitação, bem como de cantor em transe cantando com voz de tenor, barítono e baixo. Em alguns transes mediúnicos Mirabelli apresentava rigidez cadavérica, em outras alterações, como temperatura de até 39 graus, pulsação entre 120 e 150. Faleceu vítima de acidente de trânsito, por atropelamento. Conduzido ao Hospital das Clínicas de São Paulo, veio a falecer sendo atestada a fratura do seu crânio como "causa-mortis".
Eduardo Ladeira Bandeira (SP)
Primo dos irmãos Benedito e Lúcio Cosme, todos médiuns de efeitos físicos. Falecido com cerca de 40 anos de idade, por acidente, enquanto consertava sua perua Kombi que usava para o serviço de carreto, um houve uma faísca que gerou um incêndio cujas queimaduras acabaram por vitimar o médium. Antes de morrer ele foi exposto a alta voltagem elétrica e ficou com a parte direita do corpo comprometida. Sua mediunidade parecia menos intensa que a do Benedito Cosme.
Edivaldo de Oliveira Silva (BA)
Odontólogo e professor da cidade de Vitória da Conquista (BA). Médium baiano que recebia o espírito do Dr. Fritz e morreu de acidente automobilístico. Era irmão do médium Oscar Wilde.
José Pedro de Freitas – Arigó (MG)
Médium de efeitos físicos voltado para curas e cirurgias físicas, embora também tivesse apresentado as mediunidades de vidência e clariaudiência. Recebeu o apelido de Arigó que significa trabalhador braçal, ingênuo, simplório. Estudou até a terceira série do atual Ensino Fundamental. Gostava de tocar violão e cantar. Nasceu em 18/10/1918 em Congonhas do Campo, MG e faleceu por acidente de carro em 1971.
Oscar Wilde (BA)
Médium baiano nascido em Vitória da Conquista, que começou a receber o espírito do Dr. Fritz em 1975 e morreu de acidente automobilístico. Era irmão do médium Edivaldo de Oliveira Silva.
Waldemar Golvin
Funcionário do almoxarifado da Base Aérea de Recife. A principal entidade que se manifesta por sua mediunidade é o Dr. Frederick Kempler, um médico alemão da 1ª Guerra Mundial que faleceu ao ser atingido por estilhaço de uma granada. Teve maior atuação na década de 1950. Golvin sofreu novo acidente automobilístico vindo também a falecer.
Edson Cavalcante Queiroz (PE)
(Recife, PE, 23/08/1950 –5 de outubro de 1991), foi um médico ginecologista e médium brasileiro. Médium de curas e como Arigó nada cobrava por sua dedicação. Veio a ter morte trágica - assassinado a facadas por seu caseiro.
Gilberto Ribeiro Arruda (RJ)
Mecânico de automóvel e médium de efeitos físicos do Lar de Frei Luiz do Rio de Janeiro. Os primeiros sinais de sua mediunidade ocorreram com 14 anos de idade. Por sua mediunidade se materializaram muitos espíritos, com destaque para o médico alemão Frederick Von Stein. Padre Zabeu se manifestou durante muitos anos mais por psicofonia do que por voz direta. Outras entidades com materialização registrada em ata: Frei Luiz, Dr. Kramer, Dr. Félix Kestern. Dr. Faunder (oftalmologista), Bezerra de Menezes. Existe menção do seu trabalho entre 1967 e 2015. Gilberto Arruda foi encontrado morto dia 19 de junho de 2015, com 73 anos no Lar de Frei Luiz. Estava amordaçado em uma cama localizada em uma das salas de tratamento, com sinais de espancamento.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Estudo das Parábolas de Jesus


Os evangelhos relatam 48 parábolas apresentadas por Jesus. Lucas mostra 34, Mateus 25, Marcos 7 e João apenas 2.



Uma parte importante dos ensinamentos de Jesus, foi constituída por parábolas que significa “comparação” ou ainda “colocar uma coisa de lado de outra”. Cerca de 30% das palavras dos evangelhos sinóticos são de alegorias, ditos parabólicos e parábolas. Embora não fosse novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente aos outros livros da bíblia.
Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.
Parábolas foram usadas por Jesus como uma forma mais eficaz de ensinar verdades desconhecidas por meio de verdades e fatos conhecidos.
Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus, gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir a obediência das leis mosaicas.
A correta interpretação das parábolas possibilita o fenômeno da sua aplicação universal em todos os tempos, adaptada às situações análogas.
Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido, a parábola possui a grande vantagem de não predispor os ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação.

Nenhuma parábola está presente nos quatro evangelhos, 5 aparecem em três, 11 em dois e 33 em apenas um evangelho.

A definição de parábola é "narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". De suas características, surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão. Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em II Samuel 12:1-14, conhecida como "o profeta Natan repreende a Davi".
De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser mais extensa e exigir maior coerência e plausibilidade entre seus elementos. Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma figurada (metáfora) ou uma seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras, outra no sentido. Alguns autores adotam também o termo símile que quer dizer comparação de coisas semelhantes. "Vós sois a luz do mundo" é uma metáfora; "como um cordeiro mudo diante daquele que o tosquia" é um símile. "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só, mas se morrer, produzirá muito fruto" [João 12:24] é uma alegoria.
Em comparação com as parábolas judaicas, as de Cristo possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais. É seu poder de invadir o tempo e as gerações, despertando o mesmo interesse (senão maior), permitindo sempre que os homens possam ampliar, a cada instante, o sentido dos ensinamentos que transmite. Por tudo isso, bom proveito! Escolha uma parábola para ler e boas reflexões.
No Novo Testamento, as cartas de Paulo não apresentam parábolas propriamente ditas, mas narrativas alegóricas ou enigmáticas, como o ladrão à noite e a mulher prestes a dar à luz (I Ts. 5:2), o grão de trigo (I Co. 15:37-38, 42-44); ilustrações agrícolas (I Co. 3:6; Gl. 5:22)', os crentes como membros do corpo de Cristo (I Co. 12:12; Rm. 12:4).
Apesar de o Antigo Testamento ser mais extenso que o Novo Testamento, ele possui apenas onze parábolas escritas em estilo mais simples e menos estruturado. Isso evidência uma característica e preferência didática nos discursos de Jesus.

Parábolas no Antigo Testamento:
1. Os moabitas e os israelitas. O narrador foi Balaão, no monte Fisga (Neemias 23:24).
2. As árvores que escolheram um rei. Foi contada por Jotão, no monte Gerizim (Juízes 9:7-15).
3. A ovelha e o pobre. Foi narrada pelo profeta Natã, em Jerusalém (II Samuel 12:1-5).
4. O conflito entre irmãos. Uma mulher de Tecoa contou-a em Jerusalém (II Samuel 14:9).
5. O prisioneiro que escapou. Apresentada por um jovem profeta, perto de Samaria (I Reis 20:25-49).
6. O espinheiro e o cedro. O rei Joás a contou, em Jerusalém (II Reis 14:9).
7. A videira que deu uvas bravas. Isaías contou essa parábola, em Jerusalém (Isaías 5:1-7).
8. As águias e a vinha (Ezequiel 17:3-10).
9. Os filhotes de leão (Ezequiel 19:2-9).
10. O caldeirão fervente (Ezequiel 24:3-5).
11.  Israel como  o vinha perto  da  água (Ezequiel 24:10-14).


As 48 parábolas de Jesus

Parábolas
Lucas
Mateus
Marcos
João
1
Vinho novo em odres novos
5:36-39
9:16-17
2:21-22

2
A casa sobre a rocha
6:47-49
7:24-27


3
A geração de hoje
  7:31-35
11:16-19


4
O semeador
  8:  4-  8
13:  3-  9
  4:  3-  9

5
O espírito impuro volta à casa
11:24-26
12:43-45


6
O ladrão
12:39-40
24:43-44


7
O criado fiel e prudente
12:41-48
24:45-51


8
Diante do juiz
12:58-59
  5:25-26


9
O grão de mostarda
13:18-19
13:31-32
  4:30-32

10
O fermento
13:20-21
13:33


11
Banquete para os pobres
14:15-24
22:  2-14


12
A ovelha desgarrada
15:  1-  7
18:12-14


13
Dez moedas ou Cem Dracmas (talentos)
19:11-27
25:14-30


14
Os maus vinhateiros
20:  9-18
21:33-46
12:  1-12

15
A figueira que secou
21:29-31
24:32-33
13:28-29

16
A semente que brota da terra


  4:26-29

17
O porteiro vigilante


13:33-37

18
O joio entre o trigo

13:24-30


19
O tesouro escondido

13:44


20
A pérola preciosa

13:45-46


21
A rede

13:47-50


22
Coisas novas e velhas

13:52-53


23
O devedor implacável

18:23-35


24
Os trabalhadores da vinha

20:  1-16


25
Os dois filhos

21:28-32


26
As dez virgens

25:  1-13


27
O juízo final

25:31-46


28
Os dois devedores
  7:41-43



29
O bom samaritano
10:29-37



30
O amigo que chega de viagem
11:  5-  8



31
O rico sem juízo
12:16-21



32
O retorno do senhor
12:35-28



33
A figueira estéril
13:  6-  9



34
A porta estreita
13:24-30



35
A escolha dos lugares
14:  8-11



36
A escolha dos convidados
14:12-14



37
A edificação da torre
14:28-30



38
que vai guerrear
14:31-33



39
A moeda perdida (dracma)
15:  8-10



40
O filho pródigo
15:11-32



41
O administrador infiel
16:  1-  8



42
O rico avarento e Lázaro
16:19-31



43
O dever dos criados
17:  7-10



44
A viúva e o  juiz
18:  1-  8



45
O fariseu e o publicano
18:  9-14



46
As dez minas
19:11-27



47
O bom pastor



10:  1-16
48
A videira e os ramos



15:  1- 10

TOTAIS
34
25
7
2


Existem alegorias (metáforas curtas) que podem ser confundidas com parábolas, como: Mateus 9:15-17.