O espírita deve estar sempre
melhorando sua capacidade de se relacionar com o próximo
O
relacionamento interpessoal é uma habilidade importante para o homem, por que
está diretamente vinculado ao objetivo das encarnações. A finalidade destas,
sob o enfoque espírita, é facilitar aos espíritos a necessária transformação
reclamada pela lei de evolução.
Interessante
observar que o processo de mudança, além de eterno e compulsório - é também
incessante. O ser humano está sempre recebendo estímulos, informações, conhecimentos
e assimilando as mais diferentes expressões de sentimentos, atuando ainda em
favor da mudança do meio-ambiente e das pessoas com que se relaciona, constituindo
uma rede complexa de comunicação.
Uma
vez que tudo muda num ritmo acelerado, aumenta a necessidade do homem
acompanhar essa mudança para manter o nível de integração com a sociedade e
melhorar sua capacidade de ser útil.
A
forma de ter acesso as mudanças que estão acontecendo, invade necessariamente
o campo da comunicação e, dentro dele, o segmento relativo a comunicação
entre pessoas, também conhecido por: relacionamento interpessoal.
Em
todos os ambientes e situações, o homem precisa se relacionar com os semelhantes,
sob pena de reduzir sua velocidade de evolução, ou mesmo estacionar. É imprescindível
então, desenvolver e melhorar a habilidade de manter o melhor relacionamento
possível com as pessoas de sua convivência.
Raramente alguém fica isento de críticas quando
faz alguma coisa
Para
os dirigentes e colaboradores das Sociedades Espíritas é preciso reforçar que
o objetivo do relacionamento interpessoal nas instituições espíritas é obter
resultados que melhorem a cada vez, ampliando os benefícios para todo o
contingente de pessoas envolvidas nas atividades executadas.
Isso
pressupõe o estabelecimento de metas concretas, bem definidas e divulgadas, de
modo que todos possam partir para a mesma direção, economizando tempo, recursos
e esforços.
Fazer
com que o grupo possa ter a mesma visão do que se pretende atingir, é uma técnica
que os norte-americanos chamam de "visualização".
Com ela, muitas organizações do Terceiro Setor estão melhorando seus resultados.
Independentemente
do cargo ocupado na instituição, todos devem desenvolver a empatia e o interesse
pelo trabalho do próximo, nunca esquecendo de elogiar e motivar quando surgirem
as oportunidades.
Raramente
alguém fica isento de críticas quando faz alguma coisa. Por isso, é preciso saber
enfrentá-las, esperando-as, aceitando a parte que couber (sempre cabe alguma)
e trabalhando os seus autores de modo a envolvê-los com as premissas,
prioridades e necessidades, transformando-os em colaboradores. Esteja mais
disposto a aprimorar as ideias, conseguindo maior participação, do que a
defendê-las.
O
ideal é evitar o processo de decisão por votação (mais rápido), preferindo a
forma "por consenso", que envolve e desperta compromisso de todas as
pessoas pelo objeto da decisão.
Ser
menos guru ou herói e mais orientador
Procurar
aproveitar todas as oportunidades para conhecer mais os colegas de atividade,
saber de suas ideias, de suas dificuldades. Conversar sobre coisas
aparentemente sem importância, como gostos, passeios, televisão e família,
criam laços de aproximação que favorecem o relacionamento e aumentam o comprometimento
com a equipe e a causa.
Redobrar
os cuidados quando a função exercida exige muita responsabilidade ou apresenta
condições favoráveis para influenciar pessoas. Buscar ser menos guru ou herói
e mais orientador.
Acreditar
no progresso, não ficar prisioneiro de hábitos e comportamentos antigos que
acabam cerceando a iniciativa e a criatividade. Adotar uma postura pró-ativa,
buscando sempre o trabalho em grupo, e lembrando que o idealismo costuma
encurtar bastante o caminho ao sucesso.
É
preciso ter boas ideias, mas sobretudo, é preciso saber planejá-las e
implantá-las. O método tradicional de tentativa e erro, deve ser descartado,
embora seja melhor do que nada fazer. As coisas boas devem ser resultado de
muito raciocínio, discussão e trabalho, caso contrário, o mérito será do
acaso, pois, uma vez esgotadas todas as possibilidades de errar, sempre
haverá uma chance de acerto, mesmo sem querer.
O
relacionamento interpessoal também faz parte do trabalho contínuo de
auto-aprimoramento conhecido como "reforma-íntima". Trata-se, na
verdade de um esforço diário para ser sincero sem ofender, ser amigável sem
ser íntimo, ser objetivo sem
agressividade, ser humilde sem ser submisso, ser interessado sem exagerar e ser
cauteloso sem ser omisso, entre tantos outros itens. Vamos à luta, satisfeitos
por constatarmos o quanto já foi conquistado e esperançoso ante as
perspectivas de muito mais conquistar.
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O diálogo é a melhor forma de comunicação e a comunicação é o canal do conhecimento.