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domingo, 28 de setembro de 2025

Somos todos alienígenas?

 


(Reencarnação, demografia histórica e a hipótese de migrações espirituais entre mundos)

Este ensaio se inicia com a pergunta: Quantas reencarnações já tivemos na Terra?

A curiosidade é geral. Temos interesse em saber quantas vidas tivemos, em que regiões vivemos, que línguas falamos, profissões que tivemos, habilidades, competências, nossos gostos e preferências, nossas amizades e amores, coisas boas vividas, felicidades.

Entretanto, existe também o outro lado. O quanto sofremos, o quanto demoramos para aprender, ou até não conseguimos aprender, as pessoas que magoamos, as tristezas que tivemos, os acessos de ódio e loucura, o que fizemos de errado, o que deixamos de fazer, as experiências que nos marcaram e ainda hoje influenciam nosso modo de ser.

A vida é um processo dentro do determinismo divino de evoluir e conquistar gradativamente novos níveis de entendimento, de sentimentos, moral e vivência da felicidade interior. A reencarnação é um instrumento de aprendizado que ocorre em todos os aspectos e direções.

Nossa origem é a dimensão espiritual. O Espírito aprende e evolui em qualquer lugar que esteja. As encarnações são como uma escola em que passamos um tempo para aprender algumas lições, mas não todas, pois temos muita coisa a aprender e precisamos de escolas diferentes.

Para a maioria dos Espíritos que já se decidiram a serem bons, melhorarem e se tornarem cada vez mais úteis, a chamada erraticidade, o mundo espiritual, é onde aprendemos bastante, principalmente nos aspectos intelectuais. Temos mais oportunidades de receber orientação de Espíritos mais adiantados, de frequentar escolas e, principalmente, de utilizar mais intensamente os nossos recursos de inteligência sem a intermediação do cérebro, nervos e percepções amortecidas pela matéria.

Na linha de evolução podemos supor que, inicialmente, os Espíritos tendem a precisar mais da encarnação, para no final, ou mais adiante dessa linha, não ter tanta necessidade.

Existem Espíritos desequilibrados que permanecem sem encarnar por séculos, assim como permanecem na espiritualidade muitos Espíritos bons.

Quantas reencarnações já tivemos na Terra? A curiosidade é legítima. Do ponto de vista espírita, a vida é um processo pedagógico regido por Leis Divinas: crescemos por meio de experiências que ampliam inteligência e sentimento. A reencarnação é um instrumento central desse aprendizado, e a erraticidade — a vida espiritual entre encarnações — também é escola, sobretudo para estudo, orientação e planejamento.

A resposta dessa questão se baseia em três cenários heurísticos de ciclo reencarnatório para um teste de plausibilidade: ainda que um Espírito possa encarnar muitas vezes em 10 mil anos, os nascimentos disponíveis na Terra — especialmente antes do século XIX — não permitem oportunidade igual para todos. A consequência, coerente com a tradição kardeciana, é uma população espiritual heterogênea e móvel, com necessárias migrações entre mundos ao longo dos milênios.

“No Universo infinito, a Terra é apenas uma sala de aula”

Esse estudo levou em conta os seguintes dados:

  • Homo sapiens: ~300 mil anos atrás.
  • Civilizações urbanas e escrita: ~5–6 mil anos.
  • Agricultura e sedentarização: ~10–12 mil anos.

Aumento populacional na Terra

Marco temporal

População aproximada

10.000 a.C.

~5.000.000

1 d.C.

~190.000.000

1800

~1.000.000.000

1900

~1.650.000.000

1950

~2.500.000.000

2000

~6.100.000.000

Hoje

~8.100.000.000

A evolução espiritual do homem primitivo certamente ocorreu de forma incipiente e extremamente vagarosa. Por essa razão, foi selecionado o período dos últimos 10 mil anos que levou ao surgimento da sedentarização e das primeiras cidades, proximidade social e fortalecimento da família, desenvolvimento racional, criação de ferramentas, desenvolvimento de civilizações complexas, aumento da produção de alimentos, e a expansão populacional. Período civilizatório da humanidade.

Linha do tempo essencial

   ~300 ka: surgimento do Homo sapiens.

   ≥50 ka: intensificação do comportamento simbólico.

   ~12–10 ka: agricultura e sedentarização.

   ~6–5 ka: cidades, Estados e escrita.

   População (aprox.): 10.000 a.C. ~5 mi • 1 d.C. ~190 mi • 1800 ~1,0 bi • 1900 ~1,65 bi • 1950 ~2,5 bi • 2000 ~6,1 bi • hoje ~8+ bi.

É tentador supor um ciclo fixo (vida + intervalo espiritual). Mas a literatura doutrinária indica grande variabilidade conforme as condições morais, provas, missões, estagnações e contextos históricos. Portanto, melhor adotar cenários ilustrativos (heurísticos), apenas para organizar o raciocínio:

Três cenários

A (80 anos)

B (150 anos)

C (250 anos)

Ritmo curto; muitas passagens recentes

Meio-termo plausível

Intervalos longos; foco em estudo/planejamento

Mesmo que um Espírito pudesse encarnar dezenas de vezes em 10 mil anos, não há como todos terem o mesmo número — simplesmente porque faltariam nascimentos durante longos períodos em que a população humana foi pequena.

  • A distribuição real é assimétrica: alguns com mais vidas na Terra nesse intervalo, outros com poucas (ou nenhuma), outros em longos hiatos.
  • O “coorte espiritual terrestre” não é fechado: ao longo dos milênios, há entradas e saídas — e a pluralidade dos mundos habitados demonstra sua utilidade.

Consequências doutrinárias

  1. Heterogeneidade individual: trajetórias muito distintas (intervalos curtos/longos, missões, estagnações).
  2. Migrações entre mundos: a pluralidade dos mundos não é só geográfica; é pedagógica. Espíritos circulam por esferas compatíveis com seu mérito e necessidade (condições evolutivas). Isso concilia bastante a capacidade individual de encarnar com a oferta histórica limitada de “vagas” na Terra em muitos períodos.

Conclusão — provocativa

O estágio atual da humanidade não requer que todos tenhamos reencarnado muitas vezes exclusivamente na Terra nos últimos 10 mil anos. Os dados populacionais sugerem fortemente uma circulação espiritual entre mundos, com entradas e saídas no tempo. Em vez de “nativos” estritos, talvez sejamos, em boa medida, viajantes do infinito — alguns de longa data por aqui, outros mais recentes, outros de partida.

A soma de vidas possíveis não cabe nas vagas disponíveis para encarnação.

 Havia feito esse estudo quase dez anos atrás, chegando à conclusão didática da média de 25 encarnações dos últimos dez mil anos. Submeti agora à Inteligência Artificial (ChatGPT 5.0) que trouxe novos elementos, o que resultou nessa atualização.

Mas, afinal qual é o número de encarnações na Terra?

Depende do cenário ou da frequência:

  • Alta frequência (ciclo curto, forte vínculo à Terra): 15–35 vidas em 10 mil anos.
  • Média frequência (ciclo ~intermediário): 8–22 vidas.
  • Baixa frequência (ciclo longo, hiatos maiores ou parte fora da Terra): 4–12 vidas.

A maioria ficaria na faixa média entre ~6 e ~20.

Vamos considerar agora o atual estágio evolutivo da humanidade. Difícil, não é? Mesmo assim, podemos inferir que não somos muito melhores do que as pessoas do século I, por exemplo. Temos mais intelecto e mesmo senso moral, não obstante a enxurrada de violências publicadas pela mídia.

Podemos usar a classificação de Kohlberg (1) na sua Teoria de Desenvolvimento Moral:

Sobre os estágios do desenvolvimento moral

Nível A - Pré-convencional (Estágios 1 e 2): A moralidade está ligada à obediência e ao autointeresse, onde as regras são determinadas pelas autoridades, como os pais ou figuras de poder.

Nível B - Convencional (Estágios 3 e 4): Aqui, as pessoas passam a valorizar as relações interpessoais, bem como as normas sociais. As regras são importantes, mas também há consideração pelas expectativas da sociedade.

Nível C - Pós-Convencional (Estágios 5 e 6): Neste estágio, a pessoa começa a internalizar seus próprios princípios éticos e morais, às vezes divergindo das normas sociais se estas violarem princípios éticos mais profundos. Passam a considerar os diferentes valores, opiniões e crenças de outros.

Nessa teoria, a humanidade parece estar dividida em todos esses estágios. A maior parte vivendo os níveis A e B, mas com uma parte também nos estágios 5 e 6. Parece razoável.

A questão de fundo é: podemos avançar do Nível A, para os subsequentes em poucas encarnações? A lógica e a literatura espírita apontam para um caminho muito longo com muitas reiterações.

O arremate desse raciocínio é que não temos origem no planeta Terra e que tivemos mais encarnações em outros mundos! Isto é um ensaio opinativo com o propósito de oferecer uma análise crítica sobre um tema.

Brincadeiras à parte, somos todos alienígenas!


Mini glossário

Erraticidade - Vida do Espírito fora do corpo físico, entre encarnações.

Coorte espiritual terrestre - Conjunto de Espíritos em relação com a Terra em um período dado (encarnados + desencarnados).

Migração entre mundos -   Deslocamentos educativos por afinidade/necessidade, coerentes com a pluralidade dos mundos.

 

Nota de omissão. Todo este raciocínio foi desenvolvido sem considerar a informação da literatura espírita (2), de que há muito mais Espíritos desencarnados do que encarnados. Caso se admita esta hipótese, a conclusão sobre migrações entre mundos fica ainda mais reforçada — mas deixamos essa informação fora da linha de raciocínio, para manter o texto mais crível aos olhares mais resistentes.

Nota metodológica — probabilidade de “mundos-escola” parecidos com a Terra

Por que supor destinos compatíveis ao perispírito?

Nas últimas três décadas confirmamos mais de 6.000 exoplanetas e o número cresce a cada semana, indicando que planetas são comuns na galáxia [NASA].

Estudos a partir do Kepler estimam que uma fração não desprezível de estrelas tipo Solar possuam planetas rochosos na zona habitável (cenários variam conforme critérios e correções estatísticas). Trabalhos clássicos encontraram taxas na casa de ~20% para “Terralikes” (planetas parecidos com a Terra). Em síntese: há muitas “salas de aula” potencialmente preparadas.

Como a Via Láctea tem centenas de bilhões de estrelas (ordem de 10¹¹), mesmo taxas modestas implicam bilhões de candidatos a ambientes terrestres. Logo, não é especulação gratuita supor mundos compatíveis para encarnações pedagógicas, exigindo ajustes menores do perispírito do que migrações para biosferas radicalmente diferentes.

Um argumento biológico

A convergência ecológica, ou evolução convergente/adaptativa, descreve o surgimento de características semelhantes (morfológicas, fisiológicas ou comportamentais) em organismos sem parentesco próximo, devido a pressões ambientais ou ecológicas semelhantes.

Por analogia, biosferas temperadas podem convergir para morfologias e ecologias funcionais semelhantes, facilitando a adaptação perispiritual. É uma inferência, mas amparada por um princípio evolutivo bem documentado.

Ivan Franzolim


(1)     Lawrence Kohlberg (1927 – 1987), psicólogo e professor Universidade de Chicago e Harvard.

(2)     EMMANUEL. Roteiro. Psicografia de Chico Xavier. Rio de Janeiro: FEB, 1952. [Ano com população de 2,5 bilhões de pessoas e 20 bilhões desencarnados]

 






sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Espiritismo e Astronomia — somos importantes ou insignificantes?

 


Imagem da NASA

Poeira de estrelas no tamanho, eternidade no propósito.

A Astronomia nos devolve perspectiva. Diante do cosmos, somos um grão de areia na praia do infinito; diante de Deus, somos projeto, propósito e responsabilidade.

A medida do assombro (explicação simples)

  • O Universo observável tem algo como dezenas de bilhões de anos-luz de raio; costuma-se falar em ~46 bilhões de anos-luz de raio (cerca de 93 de diâmetro).
  • A Via Láctea reúne centenas de bilhões de estrelas. O Sol é uma entre elas — médio, discreto, fundamental.  Há estrelas mais de 2 mil vezes maiores.
  • Para cruzar nossa galáxia à velocidade da luz, seriam necessários ~100 mil anos.
  • Estimam-se centenas de bilhões de planetas só na Via Láctea; centenas de milhões podem ter condições semelhantes às da Terra.
  • Nossas sondas mais velozes (as Voyagers) andaram algumas dezenas de horas-luz desde 1977 — um passo de formiga no mapa do céu.

Conclusão imediata: somos minúsculos. E, no entanto, tudo isso existe sob Leis que revelam Inteligência e Finalidade — exatamente onde a Filosofia Espírita começa a conversa.

A boa analogia (ponte entre ciência e Doutrina)

Podemos pensar numa orquestra sinfônica:

  • A Astronomia descreve o palco (o Universo), o repertório (as leis físicas) e a partitura (constantes, campos, partículas).
  • O Espiritismo recorda que há músicos (Espíritos imortais), maestro (Deus, causa primária) e um propósito estético e moral (Lei de Progresso).
  • Cada instrumento parece pequeno diante do todo, mas sem cada um não há sinfonia. A nossa “insignificância” é apenas dimensional, não existencial.

Avançando...

Deus e Leis

Deus não é um gerente de imprevistos; é Soberana Inteligência que estabelece Leis universais (morais e naturais). O “cuidado” divino se manifesta por leis estáveis que sustentam a evolução de mundos e seres — determinismo das leis por fora, livre-arbítrio por dentro. Evoluímos porque as leis garantem o cenário, e como escolhemos define o ritmo dessa marcha.

Pluralidade dos Mundos Habitados

A vastidão astronômica torna a pluralidade mais que plausível: é consequência do princípio de finalidade. Não sabemos quantos “condomínios da Vida” há por aí, mas sabemos que não se desperdiça espaço em obra divina. A Lei de Progresso sugere múltiplas moradas, múltiplas escolas, múltiplas séries no currículo do Espírito.

Importância x Insignificância

  • Insignificância: perante a escala cósmica, nosso corpo, nossa cidade, nosso planeta são diminutos pontos.
  • Importância: perante a Lei, o Espírito é fim e meio da obra — fim, porque se destina à felicidade; meio, porque coopera na cocriação em plano menor (inteligência que organiza, ama, serve, transforma). Deus não criaria ao acaso nem concederia imortalidade a quem não tivesse sentido e missão.

Números espirituais?

Na Terra, somos mais de 8 bilhões de encarnados e, provavelmente, muito mais desencarnados em faixas diversas do plano espiritual. Mas números, aqui, são ilustrativos; o que importa é a dinâmica moral: vínculos, aprendizados, resgates e serviço — estatística íntima que a consciência contabiliza.

Síntese em três frases

·         Cosmicamente pequenos; moralmente chamados.

·         Leis firmes por fora; liberdade responsável por dentro.

·         Insignificantes em tamanho, indispensáveis em sentido.

Somos importantes, sim: obras de Deus com destino de luz. Somos insignificantes, sim: pó de estrelas viajando numa periferia galáctica. Mas é nesse aparente paradoxo que mora a beleza: grãos de poeira conscientes, convidados a aprender a música do Universo e a tocar a nossa parte — afinados com a Lei, compassados pelo amor, e sempre, sempre em progresso.


domingo, 24 de março de 2019

Reencarnação nos universos paralelos?!


A "teoria dos universos paralelos" ou "multiverso" foi criada a partir das ideias contidas na “Teoria da Relatividade” de Einstein. Vários cientistas trabalharam em seu desenvolvimento, o físico Stephen Hawking trabalhou os últimos 20 anos de sua vida nessa teoria  e apresentou um trabalho sobre ela pouco antes de falecer, endossando sua existência.

O conceito de multiverso tem diferentes entendimentos, mas todos eles encontram oposição no mundo científico e aguardam comprovação. Enquanto isso, podemos fazer um exercício de juntar esse conceito com a reencarnação. Vamos fazer um exercício em duas variantes.

A primeira entende que outros universos existiriam em outras dimensões espaço-tempo com possibilidade de vida igual a da Terra. Uma possível viagem do homem para outro universo se daria através de “buracos negros” ou “buracos de minhoca”, permitindo percorrer distâncias imensas mais rapidamente, afetando a linha do tempo como a conhecemos. O mesmo período de tempo passado na viagem ou mesmo em um universo  paralelo teria um tempo menor do que o vivido na Terra.

O espírito poderia encarnar em outros mundos com a vantagem de poder fazer isso numa relação de tempo diferente. Uma encarnação que duraria 70 anos na Terra, poderia levar (na nossa concepção de tempo) apenas sete anos, por exemplo.

A segunda variante levanta a tese da existência de universos paralelos com possibilidade de viverem simultaneamente os mesmos seres humanos da Terra experimentando a vida a partir de outras decisões do seu livre arbítrio. Isso baseado em nova interpretação do “colapso da função de onda” desenvolvida pelo físico Hugh Everett na década de 1950 e extrapolando para vidas humanas, embora contestado por muitos cientistas.
Extrapolando para o espiritismo, o espírito poderia encarnar simultaneamente (pelo nosso referencial de tempo) em vários universos e testar em cada um deles diferentes decisões do seu livre arbítrio. Sendo possível seria um imenso aprendizado!

Essas novas possibilidades de encarnar dariam oportunidades mais igualitárias a todos os espíritos, o que hoje parecem não existir. Temos quase oito bilhões de habitantes e, segundo Emmanuel no livro Roteiro de 1952, pelo menos “mais de 20 bilhões de almas conscientes desencarnadas”, mantendo-se sem crescimento a mesma quantidade dessa década que representava 8 desencarnados para cada espírito encarnado.

Cálculos aproximados das populações ao longo da história pelo Population Reference Bureau, chegaram a 107 bilhões de pessoas que já viveram na Terra desde 8.000 a.C. Dividindo esse número pelo total de espíritos estimados 28 bilhões (8 bilhões de encarnados + 20 bilhões de desencarnados), chegamos a uma média de 3,8 encarnações para cada espírito! Muito pouco! Insuficiente para justificar nossa evolução!

Para comparar podemos estimar quantas encarnações um espírito poderia ter nos últimos 10 mil anos. No início as encarnações duravam 30 anos, expectativa de vida que foi se ampliando gradativamente. Considerando em média uma encarnação para cada 100 anos, incluindo o tempo na Erraticidade, nesse período, um espírito que tivesse sempre a possibilidade de encarnar poderia ter tido 100 vidas na Terra.

Encarnar em outros planetas implicaria em mudança do fluido cósmico que afetaria a constituição do perispírito, o que, em tese, não aconteceria no multiverso, pois, haveria outras Terras com as mesmas características deste fluido.

Outro ponto a considerar são os relacionamentos. Afinal encarnamos também para melhorar nossas relações pessoais e compromissos morais. Aconteceria da mesma forma que na Terra, quando é feita uma seleção de alguns espíritos para encarnação conjunta, de um conjunto muito maior chamado de “família espiritual”, que poderia ceder mais espíritos para encarnação em outros mundos.


Confirmadas ou não essas teses, o fato é que conhecemos tão pouco do nosso universo e mesmo esse pouco parece ter infinitas possibilidades!

sábado, 20 de outubro de 2018

Qual é o nosso verdadeiro lugar no Universo?



Desvendando a imensidão da dimensão material. E a espiritual?

A astrofísica diz que conhecemos apenas uma pequena parte do Universo.

Nessa parte existem cerca de dois trilhões de galáxias! Nós moramos na Via Láctea, que é uma galáxia em formato espiral de pequeno porte, com aproximadamente 200 bilhões de estrelas (corpos celestes).

O planeta Terra faz parte do Sistema Solar que é um minúsculo ponto no braço de Órion a 300.000 anos-luz do núcleo da galáxia.

Os últimos estudos apontam para a existência de 40 bilhões de corpos celestes com possibilidade de existir algum tipo de vida, só na Via Láctea.

Tudo isso sem falar na teoria do Multiverso, em que existiriam múltiplos Universos paralelos.
Nosso planeta nasceu há 4,5 bilhões de anos em um Universo que se estima tenha 13,7 bilhões de anos.

O Homo sapiens surgiu há cerca de 200 mil anos e adquiriu o comportamento moderno há cerca de 50 mil anos. As civilizações mais antigas remontam há apenas 10 mil anos! Geneticamente somos apenas 1,6% diferentes do chipanzé. Essa diminuta diferença responde pela inteligência capaz de criar tudo que existe no mundo transformando o modo de viver. E qual será a diferença entre nós e habitantes de outros planetas? Se eles tiverem um DNA bem próximo ao nosso, com igualmente 1,6% de diferença, quão mais inteligentes e poderosos serão?

A população da Terra está em 7,5 bilhões de humanos.

Conclusão: somos sim insignificantes perante o Universo, ou Universos!

Fico feliz, contudo, por ter acesso à filosofia espírita, que afirma a existência de vida em outros planetas e outras dimensões, que diz que tudo é regido por uma força maior que chamamos de Deus. Nascemos simples e ignorantes. Somos um “princípio inteligente” criados com o propósito de progredir e contribuir gradativamente com o próprio Deus, a partir da co-criação em favor do bem geral.

Somos deuses em potencial! Um dia assumiremos a responsabilidade de acompanhar a evolução de um pequenino planeta, com entendemos que Jesus o faça com a Terra.

Para nós espíritas Jesus não é Deus, nem por isso perde sua importância e admiração. Ele é um espírito superior, nosso modelo de comportamento moral, contudo, certamente existem milhões de espíritos superiores a ele com responsabilidades maiores nesse Universo tão imenso.