Início e desenvolvimento
Há
tempos eu alimentava a intenção de fazer uma pesquisa para espíritas com
cobertura nacional.
Tive
oportunidade de aplicar algumas pesquisas em instituições espíritas para
análise do público, das reuniões públicas e de clima para planejamento
estratégico. Os resultados sempre foram muito úteis para as decisões de gestão.
Levando
em conta esses resultados idealizei a Pesquisa para Espíritas solicitando ajuda
para seis espíritas experientes na doutrina e no movimento que passaram suas
sugestões e preocupações que ajudaram muito na formatação final.
Sobre a
pesquisa
Inicialmente ficou demasiadamente longa em razão do
desejo de perguntar sobre muitos temas. Após os cortes, a pesquisa ficou com 40
questões, ainda assim longa, embora demandasse 15 minutos para preenchê-la.
Aprendi a usar os modelos de formulários eletrônicos da
Internet e com o suporte de um amigo construí a pesquisa especificamente para
ser preenchida em celulares, tablets e
computadores. Com essa decisão deixei de lado parte do público que não tem
familiaridade com essa tecnologia.
O esforço de
divulgação
O trabalho de divulgar a pesquisa e convidar as pessoas
para responderem e enviarem para os espíritas de sua relação foi baseado no
envio de e-mail para 2500 endereços Centros Espíritas de todo o Brasil, mais
1500 e-mails para espíritas, com maior concentração no estado de São Paulo.
Publiquei convites para responder a pesquisa no Facebook e
em dez grupos espíritas que somados atingiriam algo em torno de 16 mil pessoas.
Todo esse esforço para alcançar cerca de 20 mil pessoas e
obter pouco mais de 5% de adesões.
Logo de início reparei que não havia registros dos
estados de Roraima, Maranhão, Tocantins e Amapá. Por meio da rede social
busquei cerca 50 pessoas e grupos nesses estados. Enviei e-mails e mensagens
solicitando ajuda, inclusive para as federativas, mas essa ação não resultou em
nenhuma adesão.
Amostra obtida
As respostas válidas da pesquisa totalizaram 1204 na data
do seu encerramento em 31/07/2015 originárias de 23 estados e 232 cidades. A
distribuição pelos estados está proporcional à quantidade de espíritas de cada
estado, com exceção dos estados de Amapá, Roraima, Tocantins e Maranhão que não
teve adesões.
O método de amostragem é considerado não-probabilístico e
por conveniência, pois foram considerados somente os espíritas que decidiram
participar espontaneamente da pesquisa. Embora a amostra seja representativa
quantitativamente e pelos estados e cidades abrangidas, devemos ter cautela
para inferir sobre a população de espíritas no Brasil. A rigor, essa inferência
somente seria aceita em uma pesquisa probabilística, o que demandaria muitos
recursos financeiros e humanos. Talvez por isso que não tenha sido realizada
até agora.
Os resultados inéditos no país são válidos e podem ser
utilizados para auxiliarem as ações comunicativas internas e a gestão das
instituições. Tecnicamente devem ser considerados como um ensaio, um pré-teste
para uma pesquisa profissional que poderia ser empreendida com o apoio de uma
instituição especializada e da Mocidade Espírita para a sua aplicação.
Outras matérias relacionadas neste blog:
Pesquisa para
Espíritas [1/5]
Como foi fazer a
Pesquisa para Espíritas [2/5]
Resultados da
Pesquisa para Espíritas de 2015 [3/5]
Grupos identificados
na Pesquisa para Espíritas [4/5]
Tabulação dos dados
da Pesquisa Espírita 2015 [5/5]
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